Compra da BrT pela Oi pode custar R$ 8,3 bi
A Oi (ex-Telemar) deve desembolsar R$ 8,3 bilhões para a compra da Brasil Telecom (BrT), caso o negócio se concretize, segundo reportagem da Folha desde sábado (12).
Desse montante, R$ 4,8 bilhões serão pagos aos acionistas da BrT e R$ 3,5 bilhões deverão ser oferecidos para a compra dos minoritários que queiram vender suas ações, informou o colunista Guilherme Barros.
Pela nova Lei das S.A., de 2001, os acionistas são obrigados a estender aos minoritários a oferta de compra aos controladores, por meio de uma cláusula chamada de "tag along".
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não irá bancar diretamente a operação. Serão usados recursos da própria Oi, que, possui R$ 7 bilhões em caixa e mais autorizações de créditos equivalentes a R$ 8 bilhões.
O financiamento do BNDES deverá ser feito aos acionistas Sérgio Andrade e Carlos Jereissati na operação de capitalização da Oi. Como informou ontem a Folha, os dois devem aportar cerca de US$ 2 bilhões na empresa e pretendem pedir um empréstimo de R$ 500 milhões cada um para a operação.
A aquisição precisa ser aprovada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) por concentrar o setor.
Caso o negócio seja fechado, o mercado de telefonia no país terá uma nova configuração. A nova Oi terá 29,6% do faturamento total das operadoras de telefonia fixa, celulares, banda larga e TV por assinatura, contra 29,9% da Telefônica/Vivo, 20,1% da Claro/ Embratel e 12,1% da TIM.
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