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Internacional
Sexta - 11 de Janeiro de 2008 às 10:39

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Uma empresa telefônica cortou uma escuta internacional do FBI depois que a agência federal deixou de pagar sua conta em dia, de acordo com uma auditoria do governo norte-americano divulgada na quinta-feira.

A auditoria, conduzida pelo inspetor geral do Departamento da Justiça, disse que o FBI é culpado de mau uso do dinheiro utilizado em investigações clandestinas, e que essas práticas tornam a agência vulnerável a roubos e problemas no pagamento de faturas.

O estudo apontou o caso de uma escuta instalada sob autorização da lei de vigilância externa, que rege o uso de recursos eletrônicos para espionar suspeitos de terrorismo e de delitos internacionais, que terminou cortada devido ao não pagamento de uma conta.

"Os atrasos de pagamento levaram operadoras de telecomunicações a efetivamente desligar linhas telefônicas instaladas como escuta pelo FBI, o que resultou em perda de provas, incluindo um caso no qual a distribuição de informações interceptadas nos termos da lei foi suspensa devido ao atraso no pagamento", afirma o relatório.

Cynthia Schnedar, porta-voz da inspetoria da Justiça, disse que não era possível fornecer detalhes adicionais sobre a escuta prejudicada.

O FBI reconheceu "alguns poucos casos" nos quais o atraso no pagamento de contas de telefone causou perturbação na vigilância, e acrescentou que "essas interrupções foram temporárias e, de acordo com nossas avaliações, nenhum desses casos foi afetado de maneira significativa."

A American Civil Liberties Union disse que o relatório destaca a hipocrisia das operadoras de telefonia, que desejam que o Congresso lhes conceda imunidade contra processos por cooperação com certas escutas, sob a alegação de que estão agindo a serviço do país.

Boa parte do relatório continha informações sensíveis sobre questões de policiamento e segurança, e diversos detalhes foram retidos.

O programa de vigilância internacional do governo, denunciado como inconstitucional e invasivo em excesso pelos oponentes, está sendo debatido pelo Congresso com vistas a uma possível renovação.

Os legisladores chegaram a um impasse quanto ao escopo do programa e às proteções contra processos para as operadoras telefônicas que participaram de um programa de escutas domésticas iniciado pelo presidente George W. Bush depois dos ataques de 11 de setembro.





Fonte: Reuters

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