Rondonópolis: provas apontam 'encomenda' de execução de servidores da UFMT

O delegado Antônio Carlos de Araújo, que preside o inquérito policial que investiga as mortes dos três servidores da Universidade Federal do Mato Grosso, em Rondonópolis, em novembro, declarou que a Polícia Civil e a Polícia Federal continuam trabalhando em parceria, apesar dos inquéritos serem distintos.

A Polícia Civil enviou os dois projéteis que estavam em seu poder, tendo um deles sido extraído do corpo do ex-prefeito do campus, Luiz Mauro, e o segundo projétil que foi encontrado no local do crime. Por sua vez, a Polícia Federal enviou as duas armas apreendidas com suspeitos à Politec da capital para exames de balística e confrontamento com os projéteis.

Segundo o delegado, numa avaliação preliminar, efetuada por peritos, foi confirmado que as duas balas saíram da mesma arma. "Resta confrontar com o revólver 3.57 apreendido em poder do suposto pistoleiro Jaeder Silveira dos Santos, preso pelo Polícia Federal no último dia do ano passado, e com outra arma apreendida pela polícia em situação ainda não explicada", ponderou.

O delegado também confirmou a prisão de mais um indivíduo suspeito de envolvimento no caso, e que foi identificado sendo Diedson Honório da Silva Júnior, o “Júnior Cavalo”. A polícia diz que tem subsídios e indícios do envolvimento de “Cavalo” no episódio, mas não revela de que forma é esse envolvimento, porque isso faz parte das investigações ainda em curso.

O delegado diz que as evidências e provas obtidas até o momento pelas polícias Civil e Federal apontam para um crime de mando, inclusive diante da confissão do suspeito Jaeder, que afirma ter sido contratado por um servidor do campus, por R$ 3 mil. O delegado disse que ainda não ouviu o acusado, mas está reunindo provas em conjunto com a PF, que vão sustentar a convicção das polícias sobre o seu envolvimento no crime.

O delegado confirma que muitas perguntas da polícia ainda não foram respondidas e as investigações em curso buscam exatamente estas respostas, para concluir o caso. Porém, não está descartada a participação de mais pessoas no tríplice homicídio.