Aposentada morre em SP com suspeita de febre amarela

Uma aposentada morreu em Mogi das Cruzes com suspeita de febre amarela. A mulher, que havia passado alguns dias visitando parentes em Goiás, pode ser a segunda vítima da doença em 2008. Na quinta-feira (10), o Ministério da Saúde confirmou que a morte de um morador de Brasília, dois dias antes, fora causada pela febre amarela.

No começo da semana, a suspeita de novos casos levou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a minimizar o surgimento de novos casos e dizer que a situação está sob controle. O medo de contrair a doença levou muitas pessoas para os postos de saúde não só nos municípios onde há risco de febre amarela, mas também em cidades consideradas fora de perigo pelo Ministério da Saúde, como o Rio de Janeiro.

Na quinta-feira, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, dezenas lotaram o posto de vacinação - além das filas, houve bate-boca e tumulto. No Distrito Federal, desde o começo da semana a população enfrenta filas nos postos. Em Minas Gerais, a vacinação foi reforçada após a notícia de que 19 macacos morreram com suspeita de febre amarela no estado.

Procura

“O que existe é uma quantidade muito grande de pessoas que não precisam ser vacinadas e estão procurando, mesmo com a vacinação em dia. Não há necessidade disso”, disse o subsecretário adjunto de Vigilância à Saúde, Jair Yamamoto.

O Ministério da Saúde avalia que a situação não é crítica e que não há epidemia de febre amarela urbana no país. O que ainda não foi explicado e vai ser investigado é por que tantos macacos morreram em dezembro e em janeiro. Os animais foram encontrados mortos em 24 locais do Distrito Federal e em 37 municípios de Goiás. O macaco é hospedeiro da febre amarela.

Deve sair nesta sexta-feira (11) o resultado do primeiro exame feito no macaco encontrado morto dentro do Parque Nacional de Brasília, dias antes do Ano Novo. O parque, muito visitado pelos moradores de Brasília está fechado há quase duas semanas.