Arcanjo depõe em MS e nega conhecer delegado preso na Operação Arrego
No depoimento, Arcanjo disse ao juiz Alexsandro Motta que não conhece e, por este motivo, é falsa a acusação de que teria tentado corromper o delegado. Ele confirmou que explorou o jogo do bicho em Mato Grosso por vários anos, mas que 'cessou qualquer atividade relacionada ao jogo' em dezembro de 2002, época em que foi deflagrada a Operação Arca de Noé.
Arcanjo também negou que tenha montado um escritório do crime organizado dentro do presídio Pascoal Ramos, controlando de dentro da cela os negócios ligados ao jogo do bicho no Estado. Em depoimento ele ressaltou que "há muito não lida mais com o jogo do bicho, sendo que enquanto esteve preso nunca manteve organização ou teve contatos neste sentido".
Giovanni Zem Rodrigues, genro de Arcanjo, foi preso na Operação Arrego por suspeita de ligação com o crime organizado. Arcanjo reconheceu em juízo que teve contato com Giovanni na prisão, por ser membro da família. O bicheiro disse também que é Giovanni quem administra a Fazenda São João, os negócios ligados à piscicultura que Arcanjo mantinha e o shopping de Rondonópolis.
Advogado falta
O interrogatório aconteceu na Sala de Audiências do Fórum de Campo Grande, na tarde desta quinta-feira. O advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, não compareceu ao depoimento e, por este motivo, a defensora pública Lucienne Borin Lima foi designada para acompanhar a audiência.
A transferência de Arcanjo para o presídio federal de Campo Grande aconteceu no dia em que 14 pessoas foram presas na Operação Arrego, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em outubro do ano passado.
Comentários