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Economia
Sexta - 11 de Janeiro de 2008 às 02:41

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O setor agroindustrial deverá investir R$ 6 bilhões em Mato Grosso este ano, disse ontem o governador Blairo Maggi (PR-MT). Em entrevista dada logo após o anúncio da nova unidade da Bunge Alimentos em Nova Mutum, Maggi afirmou que, em 2008, o Estado deve consolidar a transição de um perfil essencialmente agrícola para outro voltado para a agroindústria. "É uma nova fase que o Estado experimenta, de ampliar a produção de maior valor agregado."

Grande produtor de grãos e algodão, Mato Grosso tem recebido nos últimos anos investimentos de empresas como Sadia e Perdigão. Depois da crise do setor de grãos em 2005 e 2006, agora é a vez de as esmagadoras de soja voltarem a investir no Estado.

Maggi lembra que, além da Bunge, mais duas unidades estão em construção: uma pertencente ao Grupo AMaggi, em Lucas do Rio Verde, e outra da Cargill, em Primavera do Leste. Os três investimentos somam R$ 600 milhões, de acordo com o governador. "As esmagadoras estavam concentradas no sul do Estado e agora estão sendo instaladas em regiões de grande produção agrícola e sem tradição na industrialização", observou.

Maggi ainda enumerou diversos empreendimentos que serão instalados no Estado a partir deste ano, como a Santana Têxtil, que deve dobrar sua capacidade de produção, a Cervejaria Crystal e a paranaense Big Frango, que se instalará em Primavera do Leste. A Sadia deve construir nova unidade em Campo Verde e a Perdigão deve ir para Nova Marilândia. Os frigoríficos Bertin e Friboi também devem investir no Estado, o primeiro em Diamantino e o segundo em Sorriso, com uma unidade de bovinos e suínos. "São todos projetos com protocolos assinados", afirma o governador.

Apesar dos fortes investimentos da agroindústria, a questão logística continua a preocupar. Mato Grosso tem um dos maiores custos de transporte do País, com os piores gargalos no norte do Estado.

Uma das principais reivindicações dos empresários é a extensão da rodovia BR-163 pelo Pará, para o escoamento dos produtos pelos portos da região Norte. "Sabemos que a BR-163 está sobrecarregada e o Estado vai executar parte das obras", disse Maggi. A rodovia é uma das incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.





Fonte: AE

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