Furlan reforça incentivo fiscal e critica opositores
A menos de um mês de deixar a secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan e o seu superintendente José Juarez Pereira de Faria aproveitaram uma entrevista coletiva nesta quinta para alfinetar deputados que questionam a política de incentivos fiscais do governo do Estado. Disse que as concessões são importantes para atrair investimentos. Mandou recado, mas evitou citar nomes. Na Assembléia, os mais críticos à suposta falta de critérios para adoção de benefícios fiscais são os deputados Zé do Pátio (PMDB), Percival Muniz (PPS) e Carlos Avalone (PSDB).
Segundo Furlan, de 2003 a 2006, nada menos que 462 empresas foram inclusas em programas de incentivos fiscais e investiram R$ 1,5 bilhão, possibilitando a criação de 98 mil empregos. “Isso mostra que para cada R$ 1 incentivado, o Estado teve de retorno R$ 1,43, uma relação positiva entre custo e benefício que as pessoas não enxergam”. Em seguida completou: "Alguns representantes da Assembléia acham que os benefícios são dados assim, ao Deus do Ará. Mas, primeiro, ela (a empresa) investe e depois recebe”, explicou.
O superintendente José Juarez reforçou o discurso do secretário quanto à isenção do ICMS: “É preciso entender que as empresas têm procedimentos e metas a cumprir. Elas não são incentivadas sem contrapartida”.
Pátio e Muniz provocaram polêmica na Assembléia sobre a política de incentivos fiscais. Chegaram a articular até um pedido de CPI e deixaram o então secretário de Fazenda, Waldir Teis, numa saia-justa. Com a intervenção do governador Blairo Maggi, o bloco acabou recuando. Nervoso, Teis chegou a comparar deputados a papagaios, durante uma audiência, em outubro. "Estão fazendo que nem papagaio, que quer sempre o milho mastigado". Teis fora acusado de omitir informações sobre critérios e quantidades de empresas contempladas com renúncias fiscais porque não se tinha um relatório geral. O então secretário rebateu, negando omissão. "É só olhar no Diário Oficial do Estado que todas as informações estarão lá. Mas se não querem pesquisar, o governo não pode fazer nada" confira a polêmica aqui.
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