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Internacional
Quinta - 10 de Janeiro de 2008 às 16:47

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O presidente do Equador, Rafael Correa, previu na quinta-feira que o país viverá um ano turbulento devido à resistência de setores do poder, entre eles o sistema financeiro e os meios de comunicação, às reformas que ele quer executar para implantar o chamado "socialismo do século 21."

O líder socialista garantiu que as reformas constitucionais que planeja para desmantelar o poder que os partidos hegemônicos exerciam no Estado, assim como o modelo neoliberal, provocarão mais turbulência política na nação andina.

Segundo ele, 2008 continuará sendo um ano "de confronto político, e ainda mais." "Só um insensato busca o confronto, mas não nos enganemos, diante de um processo de mudança a resistência é inevitável," afirmou Correa numa entrevista ao jornal El Comercio, a dias de completar um ano no cargo.

Correa está apostando na Assembléia Constituinte, que começou a reforma constitucional em novembro, num dos países menos estáveis da América Latina.

A Constituinte, de maioria governista, acabou virando símbolo do descontentamento com os partidos tradicionais, acusados por Correa de compactuarem com a manutenção da pobreza.

Já os adversários de Correa esperam conseguir derrotá-lo no referendo para aprovar a nova Constituição. As medidas mais criticadas são a instituição da reeleição presidencial e da antecipação das eleições gerais.

O clima de confronto que domina o país deixou empresários e investidores em alerta, o que se refletiu na diminuição do ritmo de crescimento da economia.

Em 2007, a previsão é que o PIB tenha crescido 2,6 por cento, o nível mais baixo desde 2000.

Correa, um fenômeno eleitoral em um país que testemunhou a queda de três presidentes só na última década, em meio a revoltas, afirmou que está pronto para a batalha porque está convencido de que "é a última oportunidade do Equador de ter uma mudança pacífica."

Em 2008, o Equador espera crescer 4,25 por cento, segundo projeções do Banco Central, apesar da expectativa de instabilidade política em torno do referendo.





Fonte: Reuters

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