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Economia
Quarta - 09 de Janeiro de 2008 às 19:30

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BRASÍLIA - O setor agrícola do Brasil vai crescer rapidamente na próxima década e dobrará algumas de suas principais exportações, apesar das preocupações com a destruição da Amazônia e das dívidas dos produtores, disse o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, na quarta-feira.

Críticos dizem que a rápida expansão da fronteira agrícola brasileira tem ajudado a fazer com que os produtores e madeireiros invadam a floresta, ampliando a destruição.

"Ainda podemos crescer substancialmente sem desmatamento", disse o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em entrevista à imprensa, depois de apresentar o plano do governo para o setor nos próximos dez anos.

A produção brasileira de álcool deverá crescer 113 por cento e as exportações do combustível teriam um aumento de 270 por cento na próxima década, de acordo com o relatório.

O Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos como o maior exportador de soja, com as vendas externas subindo 40 por cento, para 50,5 milhões de toneladas, até a safra 2016/17.

"Vemos boas perspectivas para um forte crescimento", disse Stephanes.

O governo proibiu no mês passado a venda de produtos agrícolas provenientes de áreas ilegais de desflorestamento na Amazônia, em uma tentativa de reverter a destruição.

Está sendo avaliada uma nova lei de zoneamento para regular a atividade agropecuária de acordo com as regiões sensíveis ambientalmente.

Ambientalistas ainda questionam se o governo tem as fontes para implementar controles.

A maior produção agrícola viria de uma melhor produtividade e do uso de áreas de pastagens degradadas, por exemplo.

As exportações de carne bovina, que subiram 104 por cento desde 1994, aumentariam mais 62 por cento na próxima década, projetou o ministério.

Para expandir a sua já dominante posição em muitas commodities no mercado internacional, o Brasil teria que se tornar mais agressivo nos próximos anos, de acordo com Stephanes.

Isso inclui mais linhas de crédito para produtores, que perderam dinheiro após duas safras ruins consecutivas (em 2004/05 e 2005/06).

As projeções do governo assumem que um crescimento da renda per capita mundial de 3,05 por cento até 2016, ante 2,86 por cento na última década.




Fonte: Reuters

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