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Economia
Quarta - 09 de Janeiro de 2008 às 18:35

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SÃO PAULO - O mercado de música digital nos EUA deve movimentar US$ 5,34 bilhões em 2012. Até lá, segundo levantamento da consultoria Yankee Group, isso se dará às custas das gravadoras tradicionais, que vão encolher ainda mais nesses próximos quatro anos.

Segundo a consultoria, duas tendências principais atuam no momento na indústria fonográfica: a digitalização e as transações diretas com o consumidor. Prova disso é a queda de 25% no faturamento das gravadoras norte-americanas, que venderam US$ 14,6 bilhões em seu ano de pico, 1999, e apenas US$ 11 bilhões no fim de 2006.

O estudo do Yankee Group mostra que, por outro lado, o faturamento com a distribuição digital de músicas está crescendo, mas num ritmo insuficiente para compensar a queda nas vendas de CDs. Com isso, nos próximos anos, a consultoria prevê que o faturamento das gravadoras vai começar a se estabilizar nos EUA, mas num nível bastante inferior àqueles registrados até então pela indústria.

No fim do ano passado, o faturamento com distribuição digital nos EUA chegou a US$ 1,98 bilhão, e deve chegar a US$ 5,34 bilhões em 2012. Ainda assim, artistas vão, cada vez mais, ficar com fatias maiores dessas vendas e as gravadoras começarão a ser marginalizadas.

Nenhuma indústria sentiu o impacto do consumidor global mais intensamente que as gravadoras, disse o diretor de entretenimento digital do Yankee Group, Michael Goodman. Não é apenas o fato de as gravadoras estarem enfrentando vendas declinantes, mas, principalmente, que o relacionamento básico entre artistas, gravadoras e consumidores está mudando. À medida que as bandas mantêm a propriedade sobre suas músicas, o papel das gravadoras encolhe enquanto o papel dos distribuidores digitais cresce, completa.

A consultoria ainda afirma que, na indústria de música digital norte-americana, a música online vai crescer mais rapidamente que os downloads móveis de música. Da mesma forma, o Yankee Group espera que os downloads de músicas individuais vão crescer mais intensamente que os downloads de álbuns completos.

O levantamento mostra, também, que apesar dos esforços das operadoras de telefonia móvel, a distribuição online vai continuar sendo o meio dominante na indústria de músicas digitais, com 80% do faturamento. Mesmo que a própria consultoria espere que em 2012 haja mais de 266 milhões de celulares terão reprodutores de música digital embutidos, ela acredita que apenas 9% sejam utilizados para isso.




Fonte: Valor Online

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