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Quarta - 09 de Janeiro de 2008 às 07:23
Por: Débora Siqueira

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O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) leiloa no dia 15 de janeiro R$ 165,250 milhões em bens móveis e imóveis da empresa Tut Transportes para o pagamento de dívidas trabalhistas e credores. São três fazendas que juntas totalizam R$ 152,319 milhões. A maior delas com 30 mil hectares fica na Gleba Cristalino com área intacta de mata da floresta amazônica é o patrimônio mais caro, avaliado em R$ 94,890 milhões. Outros 102 ônibus da empresa também serão leiloados. Juntos chegam a R$ 3,5 milhões.

Na mesma data, a Justiça do Trabalho também promove o leilão de imóveis, ônibus, ferramentas, equipamentos e sucatas das empresas Arara Azul e Garça Branca - que atuava em linhas intermunicipais - para o pagamento das dívidas trabalhistas. São R$ 8,181 milhões no total. De acordo com as informações do folder do TRT, os interessados em adquirir qualquer um dos itens leiloados podem fazer a proposta independente do valor exposto no leilão.

As propostas por escrito devem ser protocoladas no TRT ou entregue aos leiloeiros -Antônio José Silva Filho, André Chaves Pompeu, Kleiber Leite Pereira e Luiz Balbino da Silva - até o dia 14 de janeiro. Os imóveis pode ser pago à vista ou 30% na hora e o saldo restante em 15 parcelas. No caso dos bens móveis diversos além do pagamento na hora, o vencedor poderá pagar 30% no ato e dividir o restante das parcelas em 5 vezes.

Um dos diretores do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Empresa de Transportes Terrestres de Cuiabá, Olmir Fêo, comenta que há anos os trabalhadores dessas empresas aguardam receber o dinheiro das rescisões. Só a Tut Transportes tem cerca de 400 ações trabalhistas individuais dos antigos funcionários. "São quase mil processos contra da Garça Branca e a Arara Azul". O primeiro lote dos bens da empresa foi arrematado em novembro de 2007. O TRT conseguiu a venda de 75 ônibus por quase R$ 1,5 milhão de reais.

De acordo com Olmir Fêo, o valor dos leilões dos bens das ex-empresa intermunicipais não serão suficientes para pagar nem 30% do valor devido aos funcionários. "São muitas sucatas e ônibus velhos. Só a dívida do FGTS é alta demais".

O advogado das empresas Garça Branca e Arara Azul, Francisco Faiad, contesta e diz que o valor da venda dos bens da empresa será possível pagar todos os débitos trabalhistas. Os ex-funcionários tem cerca de R$ 3,5 milhões a receber e os bens leiloados são avaliados em R$ 8 milhões.





Fonte: Gazeta Digital

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