Cúpula América Latina-UE reunirá Brown, Sarkozy, Zapatero e mais 40 líderes

Lima, 8 jan (EFE).- Pelo menos 44 representantes de diversos países assistirão à Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Européia, América Latina e o Caribe (ALC-UE) que acontecerá em Lima em 16 de maio, informou hoje o presidente da comissão organizadora do evento, Ricardo Vega.

Em declarações à agência oficial "Andina", o funcionário informou que entre os confirmados estão o presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero; o presidente francês, Nicolas Sarkozy; o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown; e o presidente da Alemanha, Horst Köhler.

Vega disse que dos 44 visitantes, 27 são da Europa, 14 da América Latina e três de países do Caribe.

Durante o encontro, os líderes internacionais discutirão a agenda estipulada por Bruxelas e pelos membros de ambas as regiões e que compreende dois temas de especial importância para o desenvolvimento da América Latina, como a luta contra a pobreza e o meio ambiente, ainda de acordo com Vega.

"Para alguns analistas, este último tema pode soar um pouco esotérico, mas no caso do Peru", por exemplo, "está intimamente ligado ao tema da pobreza, não somente por razões de saúde, mas porque manter um ambiente limpo nas florestas gera investimento e mão-de-obra", declarou.

Vega comentou que as negociações entre América Latina e a União Européia (UE) devem ser vistas como uma concorrência entre regiões com outros continentes e blocos, como a África e a recentemente denominada Nova Europa.

"A Europa tem uma proximidade com a África e a Nova Europa já se encontra anexada ao mercado com uma grande eficiência. No entanto, vemos que a Europa é o primeiro investidor direto, o primeiro cooperante e o segundo parceiro comercial de vários países da América Latina, o que nos dá uma idéia da grande importância que o bloco tem para nós", disse o funcionário.

Segundo o presidente do comitê organizador, as negociações entre a Comunidade Andina (CAN) e a UE para a assinatura de um Tratado de Livre-Comércio não farão parte da agenda, embora não tenha sido descartada a possibilidade de o assunto "ser tratado nos corredores de maneira informal".