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Para professores, exame de biologia da Fuvest 2008 foi criativo
A criatividade foi uma marca presente no exame de biologia da segunda fase da Fuvest 2008. O candidato enfrentou, por exemplo, uma pergunta de genética abordando o bruxinho Harry Potter ou os insetos que ajudam a identificar o tempo de decomposição de um cadáver. No entanto, uma imprecisão foi ressaltada por dois professores ouvidos pelo G1.
Nessa terça-feira (8), terceiro dia de exames da segunda fase, os candidatos fizeram a prova de biologia ou geografia, de acordo com o curso escolhido. Veja as resoluções dos exames feitas por professores do Cursinho da Poli aqui.
A questão três, que trata da composição de um vegetal, apresentou um gráfico equivocado, segundo o supervisor de biologia do curso Anglo, Sezar Sasson. “No mesmo gráfico, misturam alhos com bugalhos. A imagem fala de lipídios, glicose, proteína, água e tecidos vegetais. Não é possível comparar os tecidos com as substâncias”, explica.
De acordo com Sasson, é possível responder a pergunta sem grandes problemas, apesar da imprecisão. “O que os examinadores quiseram dizer com tecidos vegetais foi celulose ou fibras. O gráfico ficou sem valor científico. A pergunta podia ser respondida sem o gráfico. Ele só enfeita e enfeita mal a questão.”
O coordenador da disciplina no Objetivo, Luiz Carlos Bellinello, concorda com a observação de Sasson. “Esse é um gráfico estranho e esquisito. Foi a única questão mal formulada da prova”. O professor elogiou a criatividade exibida em algumas questões. “Em geral, quando falamos de genética, falamos de Maria e de João. E não da história do Harry Potter.”
Já para Angelo Antonio Pavone, coordenador de biologia do Etapa, o gráfico não trouxe problemas e a questão não tem nada que a desabone. “A Fuvest me surpreendeu positivamente. Foi uma prova muito bem elaborada, que cobra dos candidatos o raciocínio e exige muitas relações entre as questões. Foi bem criativa”, disse.
Geografia
Já a prova de geografia foi considerada bem elaborada e atual por todos os professores consultados. “A prova focalizou muitos temas atuais, relacionados com a política, a economia, o ambiente. E houve diversificação nos temas”, afirmou o professor de geografia do Cursinho da Poli, André Guibur.
“Não houve problemas de enunciado e os mapas estavam bem desenhados. A prova abordou temas geopolíticos que se encontram nos livros”, afirmou o coordenador de geografia do Anglo, Reinaldo Scalzaretto. Além disso, o professor considerou inovadora a associação entre geografia do Brasil e do mundo, abordada em várias questões.
A coordenadora do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes, também elogiou a prova. “Todos os temas são de grande importância, da ordem do dia. Caiu muita atualidade, porque a geografia vai mudando de acordo com a conjuntura”, afirmou.
Como são as provas da 2ª fase
A segunda fase é constituída por um conjunto de até quatro provas discursivas, das quais, a de português, com redação e dez questões de interpretação de textos, gramática e literatura, é obrigatória para todos os candidatos convocados para a segunda etapa.
Nessa terça-feira (8), terceiro dia de exames da segunda fase, os candidatos fizeram a prova de biologia ou geografia, de acordo com o curso escolhido. Veja as resoluções dos exames feitas por professores do Cursinho da Poli aqui.
A questão três, que trata da composição de um vegetal, apresentou um gráfico equivocado, segundo o supervisor de biologia do curso Anglo, Sezar Sasson. “No mesmo gráfico, misturam alhos com bugalhos. A imagem fala de lipídios, glicose, proteína, água e tecidos vegetais. Não é possível comparar os tecidos com as substâncias”, explica.
De acordo com Sasson, é possível responder a pergunta sem grandes problemas, apesar da imprecisão. “O que os examinadores quiseram dizer com tecidos vegetais foi celulose ou fibras. O gráfico ficou sem valor científico. A pergunta podia ser respondida sem o gráfico. Ele só enfeita e enfeita mal a questão.”
O coordenador da disciplina no Objetivo, Luiz Carlos Bellinello, concorda com a observação de Sasson. “Esse é um gráfico estranho e esquisito. Foi a única questão mal formulada da prova”. O professor elogiou a criatividade exibida em algumas questões. “Em geral, quando falamos de genética, falamos de Maria e de João. E não da história do Harry Potter.”
Já para Angelo Antonio Pavone, coordenador de biologia do Etapa, o gráfico não trouxe problemas e a questão não tem nada que a desabone. “A Fuvest me surpreendeu positivamente. Foi uma prova muito bem elaborada, que cobra dos candidatos o raciocínio e exige muitas relações entre as questões. Foi bem criativa”, disse.
Geografia
Já a prova de geografia foi considerada bem elaborada e atual por todos os professores consultados. “A prova focalizou muitos temas atuais, relacionados com a política, a economia, o ambiente. E houve diversificação nos temas”, afirmou o professor de geografia do Cursinho da Poli, André Guibur.
“Não houve problemas de enunciado e os mapas estavam bem desenhados. A prova abordou temas geopolíticos que se encontram nos livros”, afirmou o coordenador de geografia do Anglo, Reinaldo Scalzaretto. Além disso, o professor considerou inovadora a associação entre geografia do Brasil e do mundo, abordada em várias questões.
A coordenadora do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes, também elogiou a prova. “Todos os temas são de grande importância, da ordem do dia. Caiu muita atualidade, porque a geografia vai mudando de acordo com a conjuntura”, afirmou.
Como são as provas da 2ª fase
A segunda fase é constituída por um conjunto de até quatro provas discursivas, das quais, a de português, com redação e dez questões de interpretação de textos, gramática e literatura, é obrigatória para todos os candidatos convocados para a segunda etapa.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/191263/visualizar/
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