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Nacional
Terça - 08 de Janeiro de 2008 às 18:37

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Chegou a seis o número de micos mortos no noroeste de Minas Gerais, o que acendeu o alerta para a possibilidade de ocorrência de casos de febre amarela no Estado. Os animais foram encontrados sem vida numa mata da zona rural de Cabeceira Grande (a 580 quilômetros de Belo Horizonte), durante o último fim de semana. A cidade, de 6 mil habitantes, está localizada próximo à divisa de Minas com Goiás, onde um homem morreu com suspeita da doença.

Não se sabe ainda do que os bichos morreram. Eles terão as vísceras enviadas para análise no Instituto Evandro Chagas, no Pará, que emitirá laudo com a causa da morte em 30 dias. Caso confirmada, a febre amarela será uma "novidade", disse o gerente de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Minas, Francisco Lemos. "Embora Cabeceira do Norte esteja em região limítrofe com áreas de risco, não há registros da doença nesta região mineira."

De acordo com a secretaria, suspeita-se que os primatas encontrados façam parte de um grupo maior, de, aproximadamente 30 componentes - não se sabe se infectados ou não. A tentativa agora é de achar mais desses animais ou carcaças deles para análise. A tarefa não será das mais fáceis. As cidades da região do noroeste mineiro são grandes em extensão e pouco povoadas por terem área ocupada por grandes propriedades rurais.

"A idéia é usarmos nossa rede de prevenção à doença de Chagas, instalada ali, para tentarmos localizar novos animais. Quando há uma grande quantidade de mosquitos e de primatas, há também uma ampliação das chances de transmissão para o homem", disse Lemos. Serão também capturados para análise mosquitos Haemagogus e Sabethes, transmissores da febre amarela silvestre. Lemos e a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde, Tânia Brant, serão enviados para a região na quinta-feira. O governo de Minas Gerais promoverá também uma campanha de alerta para a vacinação contra a febre. As equipes de epidemiologia e de zoonoses da Gerência Regional de Saúde de Unaí (município vizinho) acompanham a situação desde hoje.

Minas Gerais não registra casos de febre amarela desde o início de 2003, quando 64 deles foram confirmados no Vale do Jequitinhonha, causando 23 mortes. Em 2004, um paciente foi tratado no Estado, mas a suspeita maior é de que ele tenha contraído a doença em viagens turísticas à Região Norte do País.




Fonte: AE

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