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Economia
Terça - 08 de Janeiro de 2008 às 14:52

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É no início do ano que o brasileiro costuma ter mais contas para pagar. São as dívidas acumuladas com as festas e compras de fim ano, o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e material escolar. Quem tem mais de um filho estudando sabe bem o peso dessa conta.

A recomendação do economista e professor de administração das Faculdades Integradas Rio Branco (SP), Antônio Azambuja é economizar uma parte do 13º salário para arcar com as despesas e pagar contas com desconto. Como para muitos essa economia não é possível, a saída que ele aponta é estabelecer uma lista de prioridades para os pagamentos: ver os que são inadiáveis, os que podem ser parcelados e o que é possível deixar para depois.

Azambuja alerta para a conta a ser feita com os juros. Muitas vezes, a taxa cobrada após o vencimento de uma conta é mais baixa do que a do cartão de crédito ou de empréstimos. Nesse caso, o melhor é pagar quando for possível.

“Talvez seja mais barato não pagar agora porque os juros são muito baixos, ao passo que os juros do mercado financeiro para empréstimo consignado, cartão de crédito, cheque especial estão exorbitantes, ainda mais com o aumento da IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] que vai tributar os bancos e eles vão repassar para nós que somos os tomadores de dinheiro”.

Se não houver outra saída a não ser buscar empréstimos para pagar as dívidas, a última opção a que o consumidor deve recorrer é o cartão de crédito, segundo o economista. A opinião é compartilhada pelo professor de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fernando Sarte.

“Cheque especial e parcelamento de cartão de crédito nem pensar. Muitas vezes acabam sendo utilizados por que é o mais rápido e mais prático, mas de todos os instrumentos de crédito esses são os mais caros e devem ser evitados”, afirma.

Azambuja lista as alternativas com menores juros e encargos: primeiro o empréstimo consignado em folha, em seguida o empréstimo bancário, o crédito pessoal oferecido pelas financeiras e o cheque especial.

Quanto ao material escolar uma alternativa apontada pelo economista é tentar empréstimos ou trocas de livros didáticos com familiares e amigos. E procurar nas bibliotecas livros de apoio e de literatura indicados pela escola, ao invés de comprá-los.

A dica de Azambuja para evitar dívidas é poupar 10% do salário a cada mês e planejar os gastos contando apenas com o que restar.





Fonte: Agência Brasil

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