Tomar sol, na verdade, pode proteger contra o câncer, afirma pesquisa
A exposição ao sol aumenta o risco de câncer de pele, mas, ao mesmo tempo, ela é a melhor fonte de vitamina D, que, entre outras coisas, protege contra outros tipos de tumores. Para um grupo de pesquisadores noruegueses, fugir do sol pode, na verdade, ser mais perigoso do que se expor a ele.
Há muitas evidências de que o sol realmente aumenta a incidência de melanomas na pele. Para começar, a doença é muito mais comum no Hemisfério Sul, mais banhado pela luz solar, do que no Norte, entre pessoas com tons de pele parecidos. Isso é facilmente verificável quando se compara a incidência desse tipo de tumor na Austrália e na Noruega, ambos países com população majoritariamente branca, mas com climas opostos. E mais: antes do topless se popularizar pelo mundo, as mulheres raramente tinham câncer de pele no seio. Agora, isso é cada vez mais comum.
Por outro lado, a exposição solar é, de longe, a principal forma de se obter vitamina D, que protege contra tumores internos, como os de mama, próstata, cólon e pulmão.
Os pesquisadores do Instituto para a Pesquisa do Câncer e da Universidade de Oslo, na Noruega, calcularam a incidência e a mortalidade de diversos tipos de câncer, de pele e internos, ao redor do mundo. Segundo eles, é injusto transformar o sol no vilão do câncer.
“Pode haver mais efeitos benéficos do que adversos de uma exposição moderadamente aumentada ao sol”, afirmam eles no estudo publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a “PNAS”.
Preste atenção: uma “exposição moderadamente aumentada”. Ou seja, apenas um pouco maior. Ficar fritando na areia ao sol do meio-dia continua não sendo um comportamento em nada recomendável.
Comentários