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Economia
Segunda - 07 de Janeiro de 2008 às 15:13

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O trabalho temporário pode se transformar em definitivo; os chamados “bicos” têm sido a saída para quem está desempregado. Há três perguntas básicas que devem ser feitas quando se pensa em abrir uma empresa: quem é o cliente, de que produto este cliente precisa e como será feita a entrega desse serviço.

Isso chama-se planejamento, e é importante para pequenas, médias e grandes empresas – e até mesmo para quem pretende ter um trabalho temporário, o chamado “bico”. “Ela tem de fazer uma pesquisa de mercado, ela tem de perguntar para as pessoas a opinião delas. No momento em que ela identificar um bico, ela pode começar a aprofundar a pesquisa dentro daquele bico que ela encontrou”, explica o consultor Fernando Luzio.

Refletir sobre o que se sabe fazer é um dos caminhos para escolher o trabalho no qual se encaixaria melhor. “A pessoa pode procurar identificar nela mesma que tipo de atividade ela tem conhecimento, habilidades e prazer em fazer. É preciso essa combinação de coisas pra conseguir fazer esse bico com qualidade”, diz Fernando.

Adriana Zago, de Palmas, no Tocantins, se virou com um bico num momento difícil. Ela começou vendendo bombons em faculdades e repartições públicas, para ter mais tempo para os filhos e também porque não tinha curso superior. Hoje, Adriana tem uma das maiores empresas de tortas e bombons da cidade. “O pessoal foi gostando do que eu fazia, e aí cresceu”, conta. “Acho importante ter simplicidade e amor pelo que se faz”.

Muitas vezes, o trabalho provisório vira renda principal. Cuca de Morais, de Sorocaba, começou a cuidar de cães porque gostava de animais e agora tem até um táxi para transportar os bichinhos. Ela começou cuidando dos animais quando os donos iam viajar: Dava água, comida, limpava o quintal e levava o bichinho para passear.

O que era um bico há 20 anos se transformou em emprego formal: ela criou o Táxi-dog, para transportar cachorros, e administra um hotel canino. “É importante fazer tudo com muito carinho, mas buscando a área técnica, se preparando para o mercado”, explica. E dá uma dica para quem quer profissionalizar uma atividade temporária: “Amizades, amizades, negócios à parte. São os amigos que nos promovem, mas a gente não pode confundir. O trabalho não é só uma questão de satisfação pessoal, tem um retorno financeiro”.

Segundo os especialistas, a pessoa pode fazer alianças com quem tem produtos ou serviços complementares aos seus. “Oferecer uma participação nas vendas para quem indicar clientes pode ser uma idéia”, diz Fernando Luzio. “Fazer um bom cartão de visitas também é importante para quem está fazendo um bico”.

Entre as dicas para quem está entre um emprego e outro ou precisa de uma renda complementar estão não gastar tudo o que se ganha; tentar guardar nem que seja o mínimo de cada venda de produto ou serviço - o que pode ajudar a fazer cursos e se especializar; durante o atendimento, anotar as reações positivas e negativas dos clientes - críticas construtivas ajudam a crescer; usar a internet para divulgar o trabalho - colocar fotos dos serviços sempre que possível.

Fazer um bico já foi considerado algo mal visto, pouco profissional; hoje, os especialistas são unânimes em dizer que a imagem sobre o trabalho temporário mudou. Fazer um bico pode ser o primeiro passo para um grande negócio.





Fonte: G1

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