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Internacional
Domingo - 06 de Janeiro de 2008 às 18:39

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O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, disse neste domingo pela primeira vez que acredita que a ex-primeira-ministra do país, Benazir Bhutto, foi morta a tiros.

Até agora, as autoridades paquistanesas vinham defendendo a versão de que Bhutto morreu depois de bater a cabeça em uma parte do teto solar do veículo em que estava quando sofreu um atentado, em 27 de dezembro.

No entanto, em uma entrevista concedida ao canal de TV americano CBS, ao responder se acreditava que uma bala pudesse ter causado o ferimento dela na cabeça, Musharraf disse "sim, absolutamente, sim. É uma possibilidade".

O presidente disse que Benazir Bhutto foi imprudente no dia de sua morte.

"Por ficar de pé para fora do carro, eu acho que só podemos culpar a ela. Ninguém mais."

Inquérito

Benazir Bhutto estava fazendo campanha para as eleições parlamentares paquistanesas quando foi alvo de um atentado suicida na cidade de Rawalpindi, perto da capital paquistanesa, Islamabad.

O governo diz que o ataque foi planejado por um líder tribal de uma região da fronteira entre Paquistão e Afeganistão, Baitullah Mehsud - que é acusado de ser também um líder da rede extremista Al-Qaeda.

Segundo testemunhas, um homem armado atirou em Benazir quando ela estava no teto solar do carro, de pé, com parte do corpo para fora do veículo. Pouco depois, ocorreu a explosão.

Simpatizantes do partido de Benazir Bhutto, o Partido Popular do Paquistão, culparam o governo pela morte - dizendo que ou membros do governo queriam assassiná-la ou não foi dada a ela segurança adequada.

Mas Musharraf rejeitou as acusações. "Ela recebeu mais segurança do que qualquer outra pessoa", disse.

Um membro de alto escalão do PPP, Farhatullah Babar, reagiu à entrevista de Musharraf, ressaltando que a posição do governo paquistanês em relação à morte de Benazir tem mudado a cada dia.

Segundo Babar, é preciso que a ONU conduza um inquérito independente sobre o ocorrido.




Fonte: BBC Brasil

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