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Economia
Sábado - 05 de Janeiro de 2008 às 22:49
Por: Márcia De Chiara

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O ano de 2007 foi o melhor para o crédito ao consumidor dos últimos dez anos, segundo avaliação preliminar do presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Érico Sodré Ferreira. Prazos longos, taxas de juros menores e a confiança na economia foram os motores do crediário, que cresceu aceleradamente. O desempenho dos financiamentos às pessoas físicas chama a atenção.

De janeiro a novembro, o saldo das operações de crédito com recursos livres voltados para o consumidor somava R$ 312,5 bilhões, ou 34,4% da oferta total de crédito na economia, que inclui os financiamentos destinados a empresas e o crédito com recursos direcionados, segundo o Relatório de Crédito do Banco Central (BC).

O saldo das operações de crédito das pessoas físicas é o que mais tem crescido. Nos 12 meses encerrados em novembro, o crédito total da economia avançou 26,7%. No mesmo período, os empréstimos destinados às pessoas físicas se expandiram 32,6%. De outubro para novembro, o crédito para pessoas físicas cresceu 2,4%, enquanto o volume total de crédito no País aumentou 3,1%.

Esses números fizeram a relação crédito/Produto Interno Bruto (PIB) atingir o maior nível no Brasil desde 1995, no auge do boom de consumo que se seguiu ao Plano Real. Em novembro, essa proporção alcançou 34,3%, ante 33,6% em outubro. O Banco Central estima que ela tenha encerrado o ano próxima dos 36%.

Na análise da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o crescimento expressivo no volume de crédito vem ocorrendo desde o início de 2004 e resulta não apenas do cenário macroeconômico favorável, mas também de mudanças microeconômicas, como a regulamentação do crédito consignado, aquele financiamento cujo risco de inadimplência é praticamente nulo porque a prestação é descontada diretamente do salário do empregado ou do benefício do pensionista da Previdência Social.

Um dos destaques do crédito ao consumidor com recursos livres apontado pela Febraban são as operações de leasing, muito usadas para a aquisição de automóveis zero quilômetro. Em 12 meses até novembro, essa modalidade de financiamento teve acréscimo de 70,5%. Outra linha em expansão é o crédito imobiliário, com alta de 79,2% no mesmo intervalo.





Fonte: O Estado de S. Paulo

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