Com buracos e atoleiros, estrada do róla em Alto Paraguai deixa moradores isolados do mundo
Não é de hoje que a estrada do róla traz dor de cabeça aos moradores. O estudante William diz que, para percorrer 50 quilômetros da estrada, leva duas horas e meia. “É um absurdo. Nem carro traçado está passando, porque a estrada está muito esburacada, cheia de atoleiros e ainda com pontes que se tornam um perigo para as pessoas”, conta.
Segundo ele, um dos piores trechos se localiza próximo à entrada da Fazenda Guanandí. “O vão da ponte foi embora e colocamos um pranchão, que suporta apenas veículos pequenos. Carros maiores, e até caminhonetes, têm de passar, às vezes, dentro do próprio rio Parí”, recorda o estudante.
No ano passado os próprios fazendeiros se uniram e arrecadaram recursos suficientes para fazer um “tapa-buracos” na estrada. A ação, no entanto, foi apenas paliativa, já que para tornar a via transitável seria necessária a participação também do poder público. Atualmente a estrada do róla é o único meio de acesso para cerca de 200 famílias daquela localidade, inclusive os assentados pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (Mab).
A reportagem tentou entrar em contato com a prefeitura de Alto Paraguai, mas, devido ao feriado prolongado, não houve houve como saber quais são os planos para a recuperação da estrada. Enquanto isso os moradores continuam, como eles mesmos disseram, “isolados do mundo”.
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