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Economia
Sábado - 05 de Janeiro de 2008 às 12:39

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O Produto Interno Bruto (PIB) da Construção Civil em Mato Grosso aponta um crescimento de 10% em 2007, o dobro do índice previsto pela Confederação Nacional de Transporte para a expansão do setor em todo o País. A expectativa é do Sindicato das Empresas da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT) e leva em conta o incremento do número de empregos formais, o consumo de energia elétrica e cimento nas empresas do setor, além do aumento do crédito imobiliário.

Apenas nos 10 primeiros meses de 2007, a oferta de empregos na indústria de Construção Civil de Mato Grosso teve crescimento recorde de 238%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em novembro de 2007, último período aferido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), produzido pelo MTE, demonstraram a criação de 25,474 mil postos de trabalho entre janeiro e novembro de 2007. O saldo entre o número de admissões e desligamentos de funcionários das empresas foi superior a 4,7 mil. Nos últimos 12 meses, foram criadas 26,519 mil novas vagas, contra um total de 20,765 mil desligamentos.

Os números positivos demonstram a primeira reação contundente do setor diante da crise de 2005, quando foram cortadas mais de 3,3 mil postos de trabalho. “Nos últimos dois anos houve uma recuperação fantástica”, destaca o consultor econômico da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo Ribeiro. Em 2006, a entidade registrou crescimento tímido de 2,475 mil vagas, enquanto que o saldo entre admissões e demissões apenas entre janeiro e dezembro de 2007 já chegou a 4,709 mil.

O aumento nos índices de consumo de energia elétrica e de cimento no Estado também atesta o bom momento do setor. Conforme dados da Cemat, o crescimento de janeiro a outubro de 2007 foi de 6,4%, chegando a cerca de 30 KWh, sendo que o consumo registrado no mesmo período de 2006 foi de 25,645 KWh. “Outro fator importante é o índice de consumo de cimento, que já superou em mais de 20% o ano de 2006”, destaca o presidente do Sinduscon-MT, Luiz Carlos Richter Fernandes.

Os empresários do ramo aproveitam a oferta de crédito pelos agentes financeiros, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, para investir em novos empreendimentos. Segundo o presidente do Sinduscon-MT, há mais de 20 anos o mercado financeiro não aportava recursos como atualmente e o aumento do Impostos sobre Operações Financeiras, anunciado pelo Governo Federal, não deverá influir no boom da Construção Civil. “Em função da queda dos juros das aplicações e da legislação vigente, que dá segurança ao investidor, o mercado caminha para o crescimento, e o investidor ganha dinheiro mais com a produção do que com a especulação financeira e aplicações no mercado financeiro”, avalia.

Na Plaenge Empreendimentos, o diretor-regional, Rogério Fabian Iwankiw, afirma que as vendas este ano já aumentaram 40% em relação ao ano passado. Além da oferta de crédito, ele destaca que a reação do setor está relacionada à redução do valor pago pelos clientes às construtoras antes da entrega do imóvel, no caso dos empreendimentos verticais. "Já estamos sentindo o aumento nestes financiamentos por meio dos lançamentos que fizemos há três anos, mas estes números devem pelo menos dobrar até 2010, com a entrega destes cinco lançamentos feitos em 2007", diz ao completar que os valores liberados pelos bancos ou financeiras para serem aplicados no segmento imobiliário podem reduzir até 16% o valor das prestações para o consumidor, aumentando a possibilidade das pessoas investirem na compra de uma casa ou apartamento com valores mensais que equivalem ao preço de um aluguel.

Ele explica que esta redução no valor das prestações está relacionada à queda da taxa de juros e também aos prazos mais longos que os consumidores agora desfrutam para negócios envolvendo a compra de imóveis. "Isso possibilitou também que as construtoras reduzissem o valor que o cliente tem de pagar antes de ter o imóvel entregue. Antes eles tinham que pagar 50% do valor durante a construção e agora podem pagar apenas 30% e financiar o restante em até 240 meses".





Fonte: Olhar Direto

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