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Economia
Sexta - 04 de Janeiro de 2008 às 13:27
Por: Gabriel Ottoboni e Gesiel Júni

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Gerenciar a economia agrícola de Mato Grosso, estado que possui a maior produção de soja e algodão do país, além de possuir o rótulo de maior produtor nacional de gado para exportação. Esse será o novo desafio profissional do engenheiro agrônomo Seneri Kernbeis Paludo.

Nascido em Botucatu no ano de 1978, ele foi criado em Avaré e Bauru, onde passou a infância e adolescência antes de estudar agronomia.

Formado pela Universidade de Marília, tem pós-graduação em Planejamento em Gestão de Negócios pela FAE de Curitiba.

Tido hoje como um dos nomes mais influentes no Brasil quando o assunto é economia agrícola, Paludo assume no próximo dia 7, em Cuiabá (MT), o cargo de superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) com a missão de coordenar o processo de reestruturação da entidade, que existe há dez anos, fazendo com que ela se firme como centro de referência de dados da agropecuária daquele Estado.

Ele, no entanto, não estará sozinho no cargo. Responsável por coordenar uma equipe de 11 funcionários entre agrônomos, economistas, administradores de empresas e estagiários em cada uma dessas áreas, Paludo recrutou seu conterrâneo Thiago Matosinho Corrêa para a área de análise de projetos estratégicos do instituto. Eles já estudaram e trabalharam juntos.

Segundo Paludo, a expectativa para a safra no Mato Grosso é a melhor possível, “principalmente por causa de preços de commodities internacionais, tanto de soja, algodão e milho, quanto da pecuária”.

Todos esses itens estão na pauta de exportação do Estado, um dos grandes responsáveis pelo superávit da balança comercial brasileira, que obteve crescimento na ordem de 5% em 2007 na comparação com o ano anterior.

Paludo afirma, no entanto, que não há como controlar o avanço dessas culturas no Mato Grosso, motivo de preocupação recente das autoridades paulistas em relação à cana-de-açúcar.

“A economia diz que não há como controlar a oferta. Isso é questão de retorno e viabilidade. Não existe uma maneira econômica para evitar isso. Em algumas regiões de Goiás, por exemplo, a prefeitura local fez leis para impedir o avanço da área de cana.”

Área, no entanto, não é problema no Mato Grosso, com aproximadamente 8 milhões de hectares. O Estado trabalha com apenas um sexto de seu potencial total.

“O potencial de crescimento é muito grande, diferente de Estados como Rio Grande do Sul, Paraná e até São Paulo”.

Especialista

Filho da jornalista avareense Dulce Marli Kernbeis, ex-chefe de reportagem da TV Globo de Bauru, Seneri iniciou sua experiência profissional em 2000, com passagem pelo Departamento Agrícola da Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&F), onde se especializou em mercados de derivativos, futuros e opções.

Em 2001, Paludo foi contratado pela AgRural Commodities Agrícolas e permaneceu até 2004 na sede, em Curitiba (PR), na função de analista de mercado de soja e milho.

Atualmente em Cuiabá, ele vinha coordenando a mesa de corretagem e gerenciava os trabalhos de assessoria de comercialização para produtores mato-grossenses.





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