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Saúde
Sexta - 04 de Janeiro de 2008 às 13:02

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Mato Grosso registrou mais de 19 mil notificações de casos de dengue com 14 confirmações de pessoas com febre hemorrágica, conhecida popularmente como dengue hemorrágica, em 2007. Desse número, sete casos evoluíram para cura e sete resultaram em óbito. Os dados são da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa).

A superintendente da Suvisa, Maria Conceição Encarnação Villa, disse que as chuvas, que continuam a cair sobre Mato Grosso, propiciaram condições que favoreceram a proliferação do vetor nos municípios do Estado o que resultou num aumento das notificações da doença. A Secretaria de Estado de Saúde continua atenta à proliferação do vetor, monitorando semanalmente a progressão dos casos, e desencadeando ações de combate à dengue, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde.

Segundo Conceição Vila, o Plano Estadual de Contingência da Dengue 2007/2008 também está pronto e sendo operacionalizado na organização de referências para o tratamento das complicações da dengue. A Ses está realizando capacitação de profissionais da saúde envolvidos no controle da dengue, tanto na capital quanto nos municípios, proporcionando a reciclagem de conhecimentos para otimizar o controle da doença e eficácia no atendimento dos casos mais graves.

Foram feitas capacitações de Diagnóstico, Tratamento e Manejo de Pacientes com Dengue Clássica e FHD enfocando, segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue, Maria de Lourdes Girardi, a organização das redes municipais de assistência em casos de Dengue. "A Dengue é uma doença a ser combatida durante todo o ano e não apenas em épocas sazonais", lembrou a coordenadora.

SINTOMAS

Depois da picada do mosquito Aedes aegypti os sintomas da Dengue se manifestam a partir do terceiro dia. O tempo médio do ciclo é de cinco a seis dias, e o intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É só depois desse período que os sintomas aparecem, sendo os da dengue clássica caracterizados por febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos, perda do paladar e apetite, manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, moleza e dor no corpo e muitas dores nos ossos e articulações.

No caso da dengue hemorrágica os sintomas são os mesmos da dengue clássica. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta constituídos por dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, pele pálida, fria e úmida, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, manchas vermelhas na pele, sonolência, agitação e confusão mental, sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, dificuldade respiratória e perda de consciência.

Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com Dengue Hemorrágica vão a óbito. O objetivo do Ministério é que esse número seja reduzido a menos de 1%.

PREVENÇÃO

Atitudes simples podem acabar com os focos de dengue na sua casa: encher de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos de planta. Lavar semanalmente, por fora e por dentro, com escova e sabão, tanques utilizados para armazenar água. Jogar em sacos de lixo que serão fechados todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias e etc.

Manter bem tampados tonéis e barris de água. Lavar, principalmente por dentro e com escova e sabão, os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes, etc. Manter a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada. Se tiver vasos de plantas aquáticas trocar a água e lavar o vaso, principalmente por dentro, com escova, água e sabão, pelo menos uma vez por semana.

Manter sacos de lixo bem fechados e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana. Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada. Não jogar lixo em terrenos baldios. Remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas. Não deixar a água da chuva acumulada sobre a laje. Se não colocou areia e acumulou água no pratinho de planta lavá-lo com escova, água e sabão uma vez por semana.

Entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guardá-los sem água em local coberto e abrigado da chuva. Guardar garrafas sempre de cabeça para baixo.





Fonte: Redação TVCA

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