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Internacional
Quinta - 03 de Janeiro de 2008 às 19:19

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Nações Unidas, 3 jan (EFE).- O presidente da Sérvia, Boris Tadic, discursará no dia 16 na reunião do Conselho de Segurança da ONU que discutirá o último relatório do secretário-geral da organização sobre a missão enviada à província do Kosovo.

O presidente rotativo do Conselho de Segurança, o embaixador líbio Giadalla Ettalhi, fez este anúncio durante a apresentação do programa mensal do principal órgão das Nações Unidas.

Ettalhi afirmou que os quinze membros do conselho receberam hoje uma carta na qual Tadic pede para participar da reunião, na qual se discutirá o relatório sobre o desempenho da Missão da ONU no Kosovo (Unmik), que administra o território desde o conflito de 1999.

O diplomata líbio lembrou que o tema da reunião é estritamente o relatório sobre a Unmik apresentado na segunda-feira pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, mas não descartou que a presença do presidente sérvio a transforme em um debate sobre o futuro da província.

"A reunião é sobre a Unmik, o que não quer dizer que alguns dos Estados-membros decidam tocar em outros temas", afirmou.

O inesperado pedido de Tadic poderia implicar o retorno à ONU das discussões sobre o status futuro do Kosovo, após a reunião de 19 de dezembro do Conselho de Segurança na qual seus membros foram incapazes de conciliar suas opiniões.

A Rússia considera que o futuro do Kosovo pode ser decidido apenas com a aprovação da Sérvia, que se opõe ao plano de independência supervisionada aconselhado pelo ex-mediador da ONU, o ex-presidente finlandês Martii Ahtisaari.

Já os Estados Unidos e seus aliados europeus sustentam que a falta de acordo entre Belgrado e Pristina demonstram a inutilidade da continuação do diálogo.

No relatório que será discutido no dia 16, Ban Ki-moon adverte que existe um "grave risco" de que a incerteza sobre o futuro do Kosovo ponha em perigo o progresso obtido no território desde 1999.

Ban afirma que "é improvável que possa ser sustentado o status quo" no território, diante do desejo da população de dissipar as dúvidas sobre seu futuro.

"Se continuar neste ponto morto, os acontecimentos no território poderiam tomar vida própria, o que colocaria em risco as conquistas e o legado das Nações Unidas no Kosovo", afirma o documento.




Fonte: EFE

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