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Internacional
Quinta - 03 de Janeiro de 2008 às 16:53

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O homem ao qual as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) confiaram o menino que segundo o governo colombiano seria Emmanuel afirmou que a guerrilha ameaçou matá-lo se não entregasse o menor antes de 30 de dezembro, informou hoje a imprensa local.

José Crisanto Gómez, que está sob proteção oficial, disse que as Farc lhe deram o menino para cuidar dele, mas as autoridades tiraram a criança dele depois de levá-lo doente a um hospital, segundo o jornal El Tiempo.

Emmanuel é filho da ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas e, segundo o governo, permanece aos cuidados de uma entidade do Estado.

O jornal informou que Gómez foi levado na quarta-feira a Bogotá com seus familiares em um avião da polícia e depôs durante várias horas a agentes da Promotoria.

José Crisanto Gómez levou em 2005 um menino, identificado como Juan David Gómez Tapiero, ao hospital de San José del Guaviare, capital do departamento de Guaviare, e se identificou como seu tio-avô.

Segundo a versão do jornal, Gómez explicou que em 2005 vários guerrilheiros chegaram até a localidade de El Retorno (Guaviare), onde ele vivia, e entregaram o menino em precárias condições, por isso o levou ao hospital de San José del Guaviare, onde o Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF) assumiu sua custódia.

Gómez explicou que há um mês foi visitado de novo por guerrilheiros, e, embora tenha dito onde estava a criança, os rebeldes o advertiram de que tinha um prazo até 30 de dezembro para recuperá-lo.

Com isso, ele foi até ao ICBF, em Bogotá, para pedir a criança de volta, apresentando-se como seu pai.

O alto comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, afirmou hoje que as Farc "não puderam tirar a criança do sistema de proteção familiar" e esta "é uma explicação do adiamento da entrega dos seqüestrados".

"As Farc estavam confiantes em poder recuperar com rapidez a criança. Não contavam é que, quando há uma criança abandonada em um hospital, o ICBF intervém, e o menor fica sob sua proteção", explicou.





Fonte: EFE

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