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Internacional
Quarta - 02 de Janeiro de 2008 às 23:59

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BOGOTÁ - O enigma sobre a verdadeira identidade de um menino sob custódia da Colômbia mantém em suspenso o reinício de uma operação da Venezuela para receber três reféns que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometeram libertar e também ameaça prejudicar a imagem de uma das partes envolvidas.

As Farc prometeram entregar ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, as políticas Consuelo González e Clara Rojas, e o filho de Rojas, Emmanuel, mas a libertação foi interrompida temporariamente porque a guerrilha denunciou estar sendo impedida por operações militares da Colômbia.

O presidente colombiano, Alvaro Uribe, conhecido por sua política dura contra a guerrilha, negou haver combates e operações militares em uma extensa área de selva para onde, ao que parece, estava sendo planejada a entrega dos reféns.

Uribe aceitou uma proposta da Venezuela de estabelecer um corredor e ordenar a suas Forças Armadas um cessar fogo na região da libertação, mas surpreendeu ao levantar a hipótese de que as Farc não teriam em seu poder Emmanuel, que nasceu no cativeiro, por isso estariam retardando a entrega dos reféns.

O analista Vicente Torrijos afirmou que, se a hipótese de Uribe for comprovada pelo teste de DNA realizado nos parentes de Rojas na Venezuela, as Farc sofrerão um duro golpe em sua credibilidade diante de governos de esquerda da América Latina, os quais ainda confiam nas intenções do grupo rebelde.

"O desprestígio em nível internacional já acumulado seria totalmente ampliado", opinou o perito.

Rojas, de 44 anos, teve um filho na selva, ao que parece fruto de uma relação consentida com um dos guerrilheiros que a vigiavam.

O menino que poderia ser Emmanuel está em Bogotá no Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar, protegido sob estritas medidas de segurança. O procurador-geral da Colômbia, Mario Iguarán, disse que o resultado dos testes de DNA serão conhecidos dentro de 10 a 15 dias.




Fonte: Reuters

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