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Internacional
Quarta - 02 de Janeiro de 2008 às 19:36

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Washington, 2 jan (EFE).- O FBI (polícia federal americana) reabriu a investigação sobre o paradeiro de um pirata nos Estados Unidos que em 1971 saltou de pára-quedas de um avião, levando com ele US$ 200 mil do resgate pelos passageiros, informou hoje a imprensa local.

O pirata desapareceu sem deixar rastro e se tornou uma lenda.

Agora, Larry Carr, um agente do FBI de Seattle, pediu que a investigação seja reaberta e encarada de outra forma: em vez de tratado como um ato de pirataria, o caso deve ser visto como um assalto a banco em pleno vôo.

"Aqui estou, 36 anos depois. Sou o único investigador do caso. Fiz a solicitação porque quero resolvê-lo", declarou Carr ao jornal "The New York Times".

Em 1971, o indivíduo que desapareceu aparentava ter 40 anos. Em novembro do mesmo ano, ele seqüestrou o avião na véspera do Dia de Ação de Graças, após ter tomado o vôo 305 da Northwest Airlines em Portland, Oregon, com destino a Seattle, em Washington.

Ele disse que se chamava "Dan Cooper" ou "D.B. Cooper".

As testemunhas descreveram o pirata como um indivíduo de cerca de 1,80 metro de altura que vestia um terno escuro, camisa branca e gravata, com um prendedor com uma pérola.

"Dan Cooper" levava um sobretudo e uma pasta, tinha olhos escuros, cabelo castanho curto, a pela clara e falava inglês sem sotaque estrangeiro.

Antes de decolar, entregou uma nota à comissária Flo Schaffner. Pensando que se tratava de um admirador, ela não leu o papel.

Quando se falaram de novo, "Cooper" disse a Schaffner: "É melhor você ler o que diz. Tenho uma bomba", e apontou para as pastas.

Na escala em Seattle, em troca da libertação de 36 passageiros, conseguiu que lhe entregassem US$ 200 mil e dois pára-quedas.

Em seguida, "Cooper" ordenou que o avião decolasse rumo à Cidade do México, mas em um ponto entre Seattle e Reno, em Nevada, saltou de pára-quedas e desapareceu.

Em 1980 um rapaz encontrou parte do dinheiro numa área selvagem, mas não havia rastros do pirata.

Alguns autores, entre eles três ex-agentes do FBI, escreveram livros que oferecem várias teorias sobre o que aconteceu com "Cooper".

Embora vários homens já tenham se identificado como "Cooper", nenhum provou de maneira convincente que realmente era o pirata.

Há quem acredite que "Cooper", que deve ser um octogenário, vive no México. Outros acham que o solo do deserto pôs fim a sua aventura.

O FBI agora divulgou retratos falados de "D.B. Cooper" e fotos da gravata que ele tirou antes de saltar de pára-quedas e das notas achadas no deserto, com a esperança de que alguém forneça informações.

"Talvez haja alguém que se lembre que um tio desapareceu naquela época e que poderia ser 'Cooper'", comentou Carr.

"Talvez um dia destes sentarei em minha mesa e receberei uma ligação de um idoso que dirá: 'Não vai acreditar em mim, mas tenho algo para lhe contar'".




Fonte: EFE

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