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Cidades/Geral
Segunda - 31 de Dezembro de 2007 às 17:14

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O Sindicato dos Médicos (Sindmed) e um grupo de servidores começam a bater duro contra a nomeação de Luiz Soares na secretaria de Saúde de Cuiabá. A posse já está confirmada pelo prefeito Wilson Santos para o dia 13 ou 14 de janeiro. Soares já conduziu a pasta por quatro anos, entre 2001 e 2004, no último ano da administração Roberto França, de quem era vice-prefeito. Ele é polêmico, tido como linha dura e comprou briga com a categoria dos médicos enquanto esteve à frente da pasta, que detém cerca de 5 mil servidores e um orçamento já aprovado para 2008 de R$ 210 milhões.

Revoltado com a notícia de que Luiz Soares estará de volta, o Sindmed se mobilizou. Além de emitir nota se posicionando contra, já ingressou com ação no Ministério Público, a quem pede interferência no sentido de barrar a nomeação na Justiça. Acusa Soares de ter cometido atos de improbidade administrativa. Entre as denúncias, o sindicato sustenta que o ex-secretário deu calote em cerca de R$ 4 milhões em hospitais e clínicas. Seriam pagamentos referentes aos meses de novembro e dezembro de 2000 e que Soares se recusou a equacioná-los. Também aponta supostos desvios em recursos de convênios e contratação irregular de servidores.

Apesar das resistências, o prefeito Santos está determinado a nomear Luiz Soares, o sexto em três anos da gestão tucana. No início da semana Santos aproveitou uma confraternização e confirmou Soares na pasta da Saúde - clique aqui e confira. Depois, em entrevista ao RDNews, o prefeito reafirmou o convite a Soares e enfatizou até que o novo secretário assinará contrato de gestão no dia da posse - veja aqui.

(Às 16h05) - Queremos transparência, cobra diretor

O médico Luiz Carlos de Alvarenga, diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Médicos, disse que falta transparência na gestão Wilson Santos, principalmente na condução da pasta da Saúde. Segundo ele, o nome de Luiz Soares encontra, sim, resistência não apenas do Sindmed, mas também dos demais sindicatos, inclusive dos servidores. Alvarenga lembra que Soares responde na Justiça por atos de improbidade do período em que foi secretário de Saúde da Capital. Cita que no episódio em que três pacientes que estavam na UTI do Hospital e Pronto-Socorro Municipal morreram por causa de defeito e do desligamento de um motor Luiz Soares foi denunciado por omissão. Também lembrou que o ex-secretário foi acusado de nomear estagiários para atuar como médicos tanto no HPSMC quanto nas policlínicas.

"Não somos contra nome de ninguém. Queremos que as coisas tenham transparência e que o secretário seja justo. E, infelizmente, todos que passaram por lá não tiveram autonomia porque o prefeito não deixa. É uma questão de gestão. Não tem transparência", emenda Alvarenga.

Segundo ele, o prefeito prometeu e não cumpriu quanto à implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCs) digno. Reclama também que faltam medicamentos e estrutura de modo geral. "Faltam condições de trabalho e esse problema não é de hoje. Esse história de dizer que o Luiz Soares fazia médicos trabalhar não é verdade. Todo médico trabalha. O que falta é condições para trabalhar com dignidade".





Fonte: RD News

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