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Internacional
Sábado - 29 de Dezembro de 2007 às 21:31

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Santiago do Chile, 29 dez (EFE) - Organismos de Direitos Humanos e políticos prestaram hoje uma homenagem "emocionada" a Cristina Carreño, dirigente do Partido Comunista chileno que desapareceu na Argentina em 1978 e cujos restos mortais foram enviados ao Chile, após serem identificados como de uma das vítimas da Operação Condor.

Os restos de Carreño, que chegaram na sexta-feira ao país, foram velados até a manhã de hoje em sua casa em Santiago, de onde posteriormente foram levados em cortejo até a sede do Partido Comunista e aos pés do monumento a Salvador Allende que foi erguido em frente ao Palácio de La Moneda.

Carreño, que fazia parte da resistência clandestina contra a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), foi detida em Buenos Aires em 1978 e, após passar por vários centros de torturas, foi jogada ao mar, mas seu corpo foi levado a uma praia pelas ondas tempos depois e há alguns meses foi identificado.

Na sede do Partido Comunista, a cantora chilena Carmen Prieto interpretou músicas do cantor Víctor Jara, e o secretário-geral do PC, Lautaro Carmona, ressaltou seu legado e compromisso com a democracia.

No monumento de Salvador Allende, jovens comunistas reafirmaram seu compromisso por um Chile "mais democrático e em justiça social".

Em seguida, os restos de Carreño foram transferidos até a sede do Agrupamento de Familiares de Detidos Desaparecidos para serem velados até amanhã e depois serem depositados no Monumento aos Detidos Desaparecidos e Executados Políticos que foi erguido no Cemitério Geral, de Santiago.

Cristina Carreño é considerada a primeira vítima chilena da Operação Condor, que foi uma colaboração entre os organismos repressivos das ditaduras militares dos países do Cone Sul para eliminar opositores.




Fonte: EFE

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