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Sábado - 29 de Dezembro de 2007 às 19:00

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Buenos Aires, 29 dez (EFE) - Moradores da cidade argentina de Colón bloquearão hoje a passagem à uruguaia Paysandu, fechando dois dos três acessos terrestres entre os países, em protesto contra a instalação de uma fábrica de celulose no Uruguai.

O bloqueio começará às 22h e se estenderá por 24 horas em repúdio à fábrica de celulose inaugurada pela empresa finlandesa Botnia em novembro na cidade uruguaia de Fray Bentos, à margem do rio Uruguai, fronteira natural com a Argentina, afirmou a Assembléia Ambiental de Colón.

O bloqueio se soma ao que já é feito ininterruptamente há mais de um ano por ambientalistas da cidade argentina de Gualeguaychú na estrada que leva à uruguaia Fray Bentos.

Os participantes da assembléia de Colón anunciaram que a passagem será liberada durante as comemorações de Ano Novo, bem como o acesso que liga a cidade argentina de Concordia à uruguaia de Salto.

"Cogitamos a idéia de passar a noite sobre a ponte e tentar chegar ao Uruguai após a meia-noite para protestar contra o saque e a poluição" da Botnia, afirmou o assembleísta Alfredo de Angelis.

Na noite de 24 de dezembro, a Assembléia Ambiental de Gualeguaychú também tentou fazer uma manifestação em frente à fábrica de celulose que provocou um conflito entre os Governos dos dois países. No entanto, a Alfândega uruguaia não permitiu que os manifestantes entrassem no país vizinho.

O Governo uruguaio, que tinha fechado a ponte General San Martín para evitar a entrada de manifestantes em seu território, decidiu suspender temporariamente a medida durante as festas de Natal e Ano Novo.

A fábrica de celulose da Botnia gerou o pior conflito em décadas entre Buenos Aires e Montevidéu, que levaram a disputa à Corte Internacional de Justiça de Haia.




Fonte: EFE

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