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Internacional
Sexta - 28 de Dezembro de 2007 às 23:23

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A primeira fase da operação de resgate dos três reféns que estão em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) teve início na tarde desta sexta-feira sob o comando do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

O presidente estima que a operação poderá ser concluída ainda neste sábado, com a esperada libertação dos seqüestrados.

"A segunda fase poderia ser amanhã. Faltam ajustar alguns detalhes (...) tomara que amanhã possamos completar a operação" disse Chávez logo depois de ordenar o início da operação de resgate que denominou Operação Emmanuel, nome de um menino que está entre os reféns a serem libertados.

Dois helicópteros do governo venezuelano identificados com o símbolo da Cruz Vermelha partiram do aeroporto de Santo Domingo, localizado no Estado fronteiriço de Táchira, em direção ao município colombiano de Villavicencio.

A partir deste ponto, a comissão internacional de resgate deverá se deslocar até o local em que serão libertados Clara Rojas, ex-assessora de campanha da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, seu filho Emmanuel, e a ex-parlamentar Consuelo González de Perdomo.

Sem coordenadas

No entanto, Chávez informou que um dos problemas da operação é que as Farc ainda não enviaram as coordenadas do local onde os reféns colombianos serão postos em liberdade e admitiu que o resgate não está isento de riscos.

"Essas operações sempre levam um grau de risco e estamos tratando de minimizá-los, mas não podemos dizer que está totalmente blindado. Sempre há imprevistos", disse.

Entre os imprevistos considerados pelo mandatário venezuelano estão as condições climáticas ou dificuldades que a guerrilha poderia enfrentar ao deslocar-se na selva com os reféns.

Villavicencio é um dos epicentros do plano Segurança Patriótica, com o qual o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, pretende eliminar a ação de grupos guerrilheiros.

Contra o tempo

O resgate dos seqüestrados também corre contra o tempo. O governo colombiano anunciou ter acordado com o governo da Venezuela que a operação de resgate deve ser finalizada até este domingo, antes das 18h59 horas (20h29 em Brasília). O mandatário venezuelano diz não conhecer o prazo.

Chávez que rompeu relações com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, depois que seu colega decidiu terminar sua mediação no acordo humanitário, disse que. depois de terminado o resgate, se o governo colombiano decidir, ele estaria disposto a retomar a mediação do acordo com a guerrilha e com o governo da Colômbia.

"Se eu sou um dos poucos em que as Farc poderiam confiar, porque sabem que eu não me prestaria (a entregá-los), eu aceitaria retomar a mediação", disse.

O assessor especial da Presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia, o ex-presidente argentino Néstor Kirchner e representantes dos governos da Bolívia, Cuba, Equador, França e Suíça integram a comissão internacional que participará do resgate dos reféns.

A comissão de resgate deve viajar à Colômbia na manhã deste sábado. Os familiares dos reféns já estão na Venezuela e deverão recebê-los em território venezuelano, para logo depois regressarem juntos a Colômbia.

A guerrilha afirma que a libertação unilateral dos três reféns é um ato de "desagravo" a Chávez e aos familiares dos reféns, depois que Uribe terminou com a mediação do mandatário venezuelano no acordo que estabelecia a libertação de 45 reféns das Farc em troca de 500 guerrilheiros presos.




Fonte: BBC Brasil

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