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Nacional
Sexta - 28 de Dezembro de 2007 às 21:12

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O Ministério Público Estadual (MPE) anunciou no fim da tarde desta sexta-feira (28) que fará uma perícia no Museu de Arte de São Paulo (Masp) em 2 de janeiro. Na ação, o MPE espera reunir documentos que esclareçam a situação financeira da instituição.

De acordo a promotora Mariza Tucunduva, a falta de verbas afeta diretamente a segurança do Masp, e o Ministério Público quer auxiliar o museu para não colocar em risco o patrimônio histórico. “O roubo das duas telas está sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e reflete a fragilidade da segurança”, declarou.

Na madrugada de 20 de dezembro, três ladrões invadiram o Masp e roubaram ''O lavrador de café'', de Candido Portinari, e ''Retrato de Suzanne Bloch'', de Pablo Picasso. As obras são avaliadas em US$ 55 milhões, ou cerca de R$ 100 milhões.

Segundo a promotora, em julho deste ano a Justiça solicitou documentação à direção do museu para saber o valor real da dívida da instituição. Até esta sexta-feira, o presidente do Masp, Júlio Neves, não havia apresentado os documentos. “Não descartamos futuramente, após ser feita a perícia, uma intervenção do Ministério Púlico, neste caso dada por meio de uma ação civil”, disse Mariza Tucunduva.

Nesta sexta-feira, Julio Neves participou de um encontro no MPE. Na saída, ele afirmou ter mostrado à promotora e ao secretário adjunto de Cultura do Estado, Ronaldo Bianchi, opções de reforço ao sistema de segurança do museu. “Não viemos tratar de ajuda financeira do governo, que já está colaborando com a segurança ao lado de fora do museu”, declarou Neves.

O presidente do Masp afirmou ainda que está recebendo apoio da iniciativa privada, inclusive de empresas do exterior, que propõem convênios para fornecer ao Masp sistemas avançados de segurança.




Fonte: G1

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