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Nacional
Sexta - 28 de Dezembro de 2007 às 15:58

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O pedreiro Valdomiro Silva de Souza pretendia fazer um churrasco na casa dos pais, em Charqueadas (RS), para festejar o Natal com a mulher e os sete filhos. Mas, por conta de um engano, passou dois dias preso na Penitenciária Modulada da cidade até ser solto na tarde de quarta-feira (26).

O equívoco começou na manhã de segunda-feira (24), quando ele foi à delegacia local registrar o furto da bicicleta do filho de 14 anos. Ele estava acompanhado de outro filho Luís Cristiano França de Souza, 27 anos, também pedreiro. Ao dar seu nome à polícia, Valdomiro descobriu que era foragido da Justiça de Carazinho (RS).

A família se mobilizou para provar que ele estava sendo preso por engano e que não se tratava da mesma pessoa que aparecia como foragido no sistema da polícia.

De acordo com dados preliminares da polícia, Valdomiro fora preso em flagrante em julho de 2006 e é considerado foragido da prisão de Carazinho desde agosto do mesmo ano.

Ainda assim, entre 11h e 19h, Valdomiro ficou detido na delegacia. Os filhos do pedreiro conseguiram contatar um advogado, mas não puderam evitar que o pai fosse para a cadeia. “Não deixaram visitá-lo, só a partir de hoje (quarta-feira). Tudo que tínhamos planejado foi por água abaixo. Meu pai passou o Natal na cadeia por um erro do Estado. Temos provas de que, nessa data que o acusam de ter cometido o crime, ele estava trabalhando para uma comerciante aqui de Charqueadas. Temos notas assinadas por ela, comprovantes de pagamento pelo serviço”, contou Luís.

Na tentativa de solucionar o problema, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) pediu ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) um exame comparativo entre as digitais do pedreiro e do homem preso em flagrante em 2006. O resultado demonstrou que Valdomiro não era a mesma pessoa. O foragido que usou o nome de Valdomiro foi condenado à revelia, segundo o delegado Pedro Urdangarin, que está à frente do caso, por não ter comparecido às audiências.

Investigação

A Delegacia Policial de Charqueadas deve agora abrir um inquérito para apurar quem usou o nome do pedreiro. A principal suspeita, segundo o delegado, recai sobre um irmão do pedreiro, que cumpre pena em Caxias do Sul (RS).

De acordo com Urdangarin, o homem tem antecedentes por tentativa de homicídio, roubo, receptação, porte ilegal de arma e falsidade ideológica. A polícia sabe que ele já teria usado o nome de outra pessoa em uma das vezes em que foi preso.





Fonte: G1

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