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Nacional
Sexta - 28 de Dezembro de 2007 às 13:18
Por: Fernanda Bassette

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A dona de casa Eliane Martins Shwantes invadiu o Colégio Estadual Três Mártires, em Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul, por volta das 11h desta quinta-feira (27) para protestar contra a reprovação da filha no terceiro ano do ensino médio. Armada com um revólver calibre 38, ela ameaçou matar os professores e a diretora do colégio, provocando pânico e correria durante a entrega dos boletins escolares.

Segundo Rosângela Bertoletti Ghellar, diretora do colégio, no momento da invasão havia pelo menos 70 pessoas no local entre professores e pais de alunos, já que a escola estava entregando os boletins com as notas dos estudantes. "Havia alunos e crianças, ela entrou gritando e ameaçando todos, foi horrível, cena de filme de terror", contou.

De acordo com Rosângela, o pânico causou correria e muitos professores e pais de alunos se esconderam dentro de banheiros e salas de aula. "Nesse tumulto alguém chamou a Polícia Militar. Eles vieram rapidamente e conseguiram desarmá-la. Foi um ato de loucura dessa mãe, nunca pensei que passaríamos por uma situação assim", disse a diretora. Nenhum tiro foi disparado.

Reprovada em três disciplinas

Aluna do terceiro ano, a estudante de 16 anos (que terá o nome preservado) reprovou em três discuplinas: matemática, física e química. Segundo a diretora, em nenhum dos trimestres ela atingiu a média mínima de 50 pontos.

O pai da estudante, Valdir Santos Previatti, 46, disse que não esperava esse tipo de reação da esposa, que tem problemas de depressão e toma medicamentos controlados há três anos. "Estou chateado porque não tenho queixa contra nenhum professor daquela escola, eles sempre foram muito bons. Se tem alguém errado nessa história, somos nós. A única coisa que posso fazer é pedir desculpas", disse.

Segundo Previatti, a estudante passou no vestibular para o curso de psicologia e não poderá se matricular porque não concluiu o ensino médio. Ele entrou com recurso na escola, para que seja feita uma revisão das notas da menina, mas a resposta só sairá no dia 3 de janeiro de 2008.

"Quando minha filha soube que foi reprovada começou a chorar e minha mulher ficou desesperada porque ela ameaçou se matar. Mas como eu tinha entrado com recurso na escola, achei que era assunto encerrado. Nunca pensei que ela faria uma coisa dessas", disse Previatti.

Segundo ele, a arma usada pela mulher no momento da invasão é dele mesmo e foi comprada há mais de 20 anos. "Essa arma estava no meu escitório, ela tem registro e documentação em ordem. Minha mulher pegou escondido de mim. Agora a arma foi apreendida e ela foi autuada por porte ilegal", contou.

Previatti disse que vai levar a mulher ao médico nesta sexta-feira para ver se será necessário mudar de remédios. "Ela está descansando. Não quero mais mexer nisso. Vamos esperar o resultado do recurso e ver o que vamos fazer", disse.





Fonte: G1

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