Libertação de reféns das Farc começa nesta sexta, diz Chávez

Três dos reféns mantidos em cativeiro pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) devem ser libertados nesta sexta (28), segundo o presidente venezuelano Hugo Chávez. "Aproximadamente às 3h da tarde (17h30 de Brasília), os helicópteros partirão com suas tripulações, incluindo um aparelho adaptado com equipamentos médicos", disse Chávez à imprensa no Palácio de Miraflores, em Caracas nesta quinta (27).

O assessor especial para assuntos internacionais do governo Lula, Marco Aurélio Garcia, acompanha a missão e havia dito que a libertação dos reféns só ocorreria neste sábado (29).

Chávez disse que o comboio, que tem o apoio da França, do Brasil e de outros cinco países latino-americanos, partirá do aeroporto de Santo Domingo, no estado de Táchira, perto da fronteira com a Colômbia, 650 km ao sudoeste de Caracas, com destino à cidade colombiana de Villavicencio, 100 km ao leste de Bogotá.

Dentro do plano que Chávez estabeleceu com as Farc e que recebeu a aprovação do presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, os helicópteros decolarão em seguida de Villavicencio para buscar os três reféns.

Três reféns

Assim que os reféns forem entregues, o comboio voltará ao aeroporto de Villavicencio, ou seguirá diretamente para um dos cinco aeroportos venezuelanos perto da fronteira. Também é possível que o comboio siga diretamente para Caracas.

Os reféns que serão liberados pelas Farc são a ex-candidata à vice-presidência Clara Rojas, de 44 anos e seqüestrada em 2002, seu filho Emmanuel, de três anos, nascido em cativeiro após uma relação consentida com um guerrilheiro, e a ex-congressista Consuelo González, seqüestrada desde 2001.

Na quinta-feira (27) começaram a chegar à Venezuela os delegados internacionais que acompanharão a operação, entre eles o ex-presidente argentino Néstor Kirchner e o chanceler Jorge Taiana, assim como o assessor da presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia.

Chávez destacou ainda que nesta sexta-feira (28) chegarão à Venezuela dois delegados da Cruz Vermelha Internacional, assim como o alto comissário para a paz do governo de Bogotá, Luis Carlos Restrepo.