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Nacional
Quinta - 27 de Dezembro de 2007 às 19:40

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Os presidentes do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Henrique Carlos Gonçalves, e do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Carvalhaes, disseram na tarde desta quinta-feira (27) que novos pacientes só deverão ser atendidos no Prédio dos Ambulatórios do Hospital das Clínicas, na Zona Oeste da capital, após o dia 15 de janeiro. Até lá, segundo os médicos, todos os novos casos de consulta ou procedimentos médicos registardos pelo call center deverão ser encaminhados para outros hospitais da rede estadual de saúde.

Os representantes das duas intituições estiveram, entre as 14h30 e as 16h50, no prédio atingido por um incêndio na noite da segunda-feira (24), véspera de Natal. Eles se reuniram com o superintendente do hospital que explicou como ocorreu o incêndio, as áreas atingidas e que providências estão sendo tomadas pela administração do local para tentar reduzir os danos no atendimento à população.

Remarcações

De acordo com Gonçalves, os pacientes com consultas marcadas entre os dias 26 de dezembro e 2 de janeiro terão seus horários remarcados para, “no máximo”, a segunda quinzena de janeiro. A partir do dia 2, seria aberta uma ala inteira do hospital, do térreo ao nono andar, que não foi diretamente atingida pelo incêndio.

O presidente do Cremesp informou que nesta área aberta para consultas e procedimentos alguns setores poderão funcionar com dois atendimentos. “Por exemplo, a área de dermatologia, que funciona normalmente apenas pela manhã, pode cerder espaço para a ginecologia à tarde”, disse, acrescentando que pode existir ainda a criação de um terceiro turno de atendimento à noite.

Gonçalves e Carvalhaes disseram que foram informados pela administração do hospital de que o prédio deverá voltar a funcionar normalmente em 30 dias, desde que se faça a limpeza e a higienização de todos os locais atingidos. Gonçalves acrescentou que o material para esses trabalhos está sendo comprado em regime de urgência. E que acredita que seja provável que a reabertura de todo o prédio ocorra no prazo determinado pela administração local.

Sem investigação

Os presidentes do Cremesp e do sindicato de médicos disseram que a até o momento não existe nenhum fato relevante que justifique se fazer uma investigação “do lado médico” do acidente. Gonçalves informou que desde o dia 25 mantém integrantes do conselho de medicina no hospital para verificar a situação dos médicos do local.

Já o presidente do sindicato dos médicos, Cid Carvalhaes informou que o IPT e o IC fizeram um laudo provisório atestando que as condições de segurança no local são suficientes para que os médicos possam continuar a trabalhar e que todas as informações sobre o caso serão checadas após o laudo das instituições que constataram a causa do incêndio. Segundo ele, nenhum médico fez denúncias sobre a falta de segurança no hospital antes ou depois do acidente.

“Existem várias informações que vamos checar se de alguma forma for constatado erro médico iremos investigar, mas te agora não há nenhum motivo para se presumir este tipo de erro”, afirmou Carvalhaes.

Ele informou ainda que na próxima quarta-feira (2) irá entrar em contato com a prefeitura para solicitar o posicionamento da administração municipal sobre o acidente e questionar o fato do município possuir informações anteriores de que havia riscos na segurança interna do hospital. O sindicato também deverá entrar em contato com outros hospitais para que eles apresentem as planilhas de manutenção dos sistemas elétrico e hidráulico das construções.

Morte

Com relação a um paciente em estado terminal que morreu após o incêndio, o presidente do Cremesp informou que até o momento não há razão para se suspeitar que ele tenha morrido em decorrência do incêndio. “Infelizmente no HC e em outros hospitais existem pacientes terminais que morrem diariamente isso não constitui o fato de que houve imperícia médica”. O presidente afirmou porém que caso aja comprovação de alguma falha, o médico responsável será investigado.

Sobre a ocorrência de outras possíveis mortes no prédio de ambulatórios, o presidente informou que não foi notificado de outros casos e repetiu novamente a afirmação de que pacientes terminais morrem a todo o momento em hospitais.




Fonte: G1

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