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Internacional
Quinta - 27 de Dezembro de 2007 às 12:45

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O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, embarca nesta quinta-feira (27) para a Venezuela, onde participa da operação de resgate de três reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O horário do embarque ainda não foi informado. A previsão é que Garcia viaje até o início da tarde desta quinta-feira.

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, aceitou nesta quarta-feira (26) a proposta de Hugo Chávez para a libertação dos reféns. Devem ser libertados Clara Rojas, ex-colaboradora de Ingrid Betancourt, seu filho Emmanuel, nascido em cativeiro, e a ex-parlamentar Consuelo González.

Chávez apresentou um plano que consiste no envio de um comboio humanitário aéreo a partir de um ou vários dos cinco aeroportos venezuelanos próximos à fronteira com a Colômbia. O plano prevê a participação do Brasil, Argentina, Bolívia, Cuba, Equador e França.

O plano de Chávez

O presidente venezuelano informou que helicópteros e aviões pequenos, com o símbolo da Cruz Vermelha, vão partir de uma base no centro da Venezuela para o local na selva colombiana, que será definido pelos guerrilheiros.

Segundo o plano elaborado por Chávez, os aviões devem decolar rumo ao aeroporto da cidade colombiana de Villavicencio, no departamento de El Meta, a uma hora de vôo da fronteira entre Colômbia e Venezuela. É nesta cidade que os emissários devem receber as coordenadas do lugar onde serão entregues os reféns.

O presidente venezuelano destacou que os helicópteros decolarão primeiro, seguidos pelos aviões.

Assim que os reféns forem entregues, o comboio voltará ao aeroporto de Villavicencio, ou seguirá diretamente para um dos cinco aeroportos venezuelanos perto da fronteira. Também é possível que o comboio siga diretamente para Caracas.

O venezuelano afirmou que, com o sinal verde de Uribe, os reféns podem estar na Venezuela já na quinta-feira (27) à noite.

Projeto político

Chávez disse nesta quarta-feira que as Farc - consideradas por Bogotá como um grupo terrorista - têm um projeto político, e revelou que deseja se reunir com o líder do grupo guerrilheiro, Manuel Marulanda.

"Respeitando o que dizem o governo da Colômbia e outros governos, como o dos Estados Unidos, que qualificam todos estes grupos de terroristas (...), acredito que as Farc têm um projeto político, idéias políticas", disse o presidente venezuelano.

"Uma das coisas que mais quero é conversar com Marulanda, perguntá-lo umas quatro ou cinco coisas, falar sobre política, ouvir o que eles querem, aonde desejam ir."

O líder venezuelano confirmou que conversou "sobre política" com o emissário das Farc, Iván Márquez, durante sua visita a Caracas em novembro passado, quando mediava a troca de reféns por guerrilheiros presos na Colômbia.

Negociação complicada

O governo colombiano suspendeu a mediação de Chávez no dia 21 de novembro, alegando "falhas de método" e de discrição, após um telefonema do líder venezuelano para o comandante do Exército colombiano, general Mario Montoya, para tratar do caso.

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, tinha pedido a Chávez que não fizesse contatos diretos com militares colombianos.





Fonte: G1

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