Exportações brasileiras cresceram acima da média mundial em 2007
O crescimento das exportações, acompanhado pelo aumento das importações provocado pela queda do dólar, fará com que o Brasil ganhe posições entre os países com maior participação no comércio internacional. A avaliação é do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Ivan Ramalho.
Segundo Ramalho, o que leva a essa avaliação são os números da balança comercial brasileira. Mesmo com a queda na cotação do dólar, de janeiro a novembro, as exportações somaram US$ 146,4 bilhões, 16,1% a mais do que o registrado no mesmo período de 2006 e acima da média mundial, em torno de 10%. Já as importações passaram dos US$ 110 bilhões, 30,2% a mais que no ano passado.
A desvalorização da moeda norte-americana, ressalta o executivo, não prejudicou as exportações brasileiras. Ele diz que, de acordo os relatos colhidos dos setores industriais, a preocupação com o dólar é mais visível em áreas que utilizam mais mão-de-obra, como calçados, têxteis e móveis.
Mesmo nesses setores, salienta Ramalho, o dólar abaixo de R$ 2 está forçando as empresas a buscar alternativas para manter a presença em marcados conquistados no exterior. “Um bom exemplo são os calçados, que neste ano estão com um crescimento nas exportações da ordem de 11%, ou seja, apesar das dificuldades, as vendas do setor para o exterior continuam a apresentar crescimento", diz.
Além do crescimento acima da média mundial, Ramalho ressalta o fato de que essa tendência é observada em todas as categorias de produtos. “Estão aumentando as exportações de produtos manufaturados, básicos [produtos agropecuários e minerais] e também as exportações de produtos considerados semimanufaturados, que é a área de siderurgia, alumínio, dentre outros”, salienta.
Entre os produtos cujas vendas aumentaram mais do que a média internacional, o secretário destaca material de transporte (15%), siderurgia (14%), soja (22%), minérios (23%), químicos (22%), máquinas, equipamentos e bens de capital (14%) e papel e celulose (17%).
No ano passado, o Brasil foi o 24º país exportador e o 27º país importador. Apesar do crescimento em relação a 2005, quando o país subiu uma posição nos dois rankings, a participação brasileira no comércio internacional ainda é pequena. De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil respondeu por apenas 1,1% das exportações e 0,8% das importações mundiais.
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