Brasil continuou a diversificar mercados em 2007, destaca secretário
Além de crescerem acima da média mundial em 2007, as exportações brasileiras estão conquistando destinos cada vez mais diversificados, ressalta o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Ivan Ramalho.
Segundo ele, neste ano o Brasil continuou a ampliar as vendas para países que não são tradicionais compradores. “O Brasil está crescendo nas suas exportações também para Ásia, África, Oriente Médio”. Entre os países, Ramalho citou Jordânia, no Oriente Médio; Congo e Senegal, na África, e Macedônia e Geórgia, no Leste Europeu.
Apesar da conquista de novos mercados, os Estados Unidos ainda são o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo o ministério, os norte-americanos atualmente são o principal comprador individual, respondendo por 15,8% das exportações brasileiras, e o principal fornecedor para o Brasil, com participação de 16,1% nas compras do exterior.
No ranking dos destinos das vendas externas do país, em seguida vêm a Argentina, com participação de 9%, e a China, com 6,9% do total de exportações. No que diz respeito às importações, a situação se inverte. Depois dos EUA, está a China, que forneceu 10,5% das importações brasileiras, seguida pela Argentina, com participação de 8,5%.
No comércio com a América Latina, o Brasil continua vendendo mais do que comprando. A expectativa é que as exportações para os países latino-americanos cheguem aos US$ 36 bilhões, valor superior aos cerca de US$ 25 bilhões previstos para as vendas aos EUA. Na América do Sul, o único país de quem o Brasil mais compra do que exporta é a Bolívia, por causa do fornecimento de gás natural. O combustível concentra 90,9% da pauta de importações brasileiras do mercado boliviano.
Esse desequilíbrio percebido no comércio do Brasil com as nações sul-americanas não chega a preocupar o ministério. Ramalho, no entanto, diz que o governo está trabalhando para aumentar também as importações dos países vizinhos e garantir uma relação mais igualitária no continente.
“Hoje a gente está preocupado que o Brasil possa também comprar mais dos países da América do Sul, para reduzir um pouco o desequilíbrio que se tem com a maioria das economias do continente”, afirma. De janeiro a outubro, o Brasil registrou superávit acumulado de US$ 4 bilhões com a Venezuela e de US$ 3 bilhões com a Argentina.
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