ONG apóia uso de GPS em pacientes de Alzheimer
A organização acredita que o rastreamento, se autorizado pelo paciente, pode dar mais autonomia aos doentes e garantir que seus familiares saibam onde eles estão quando saem de casa.
Segundo a Alzheimer's Society, cerca de 60% dos pacientes podem andar a esmo pela cidade e 40% acabaram se perdendo em algum momento.
"Nós sabemos que há nova tecnologia disponível capaz de oferecer benefícios às pessoas com demência e às pessoas que cuidam delas", disse o diretor-executivo da ONG, Neil Hunt.
A proposta vem sendo estudada pelo governo britânico, que acredita que o rastreamento eletrônico pode permitir que os pacientes levem "uma vida mais plena".
Para Hunt, apesar dos benefícios da nova tecnologia, "há um equilíbrio delicado a ser alcançado entre dar autonomia às pessoas e restringir seus movimentos".
Segundo ele, o rastreamento também não deve ser usado como alternativa para uma assistência de boa qualidade ao paciente
Tecnologia
A Alzheimer's Society afirma que qualquer decisão sobre o uso de equipamento de monitoramento eletrônico deve ser tomada em conjunto com o paciente nos primeiros estágios de demência.
O equipamento para rastreamento usa o GPS (Global Positioning System, em inglês), um sistema de localização por satélite.
A tecnologia já é usada para permitir que os pais monitorem os movimentos de seus filhos e há um mercado cada vez maior para artefatos eletrônicos deste tipo.
A Grã-Bretanha tem cerca de 700 mil pessoas com algum tipo de demência, e a previsão é que este número possa chegar a 1,7 milhão em 2051.
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