Vítimas de tsunami continuam 'sem casa' após 3 anos
Três anos depois do tsunami que matou quase 250 mil pessoas em 11 países do Oceano Índico, muitas vítimas ainda vivem em abrigos temporários, esperando que avancem os trabalhos de reconstrução.
Apenas nas ilhas indianas de Andaman e Nicobar, elas são mais de 40 mil. Organizações como a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho dizem que ainda há muito trabalho a ser feito para recuperar as áreas afetadas.
A organização já gastou US$ 1,7 bilhão em milhares de novas casas, reposição de barcos de diversas comunidades pesqueiras, fornecimento de água limpa para 500 mil pessoas e reconstrução dos serviços comunitários de saúde que atendem cerca de um milhão de pessoas.
Apesar disso, a Cruz Vermelha afirma que gastará US$ 1 bilhão adicionais para finalizar a reconstrução.
Um relatório divulgado nesta quarta-feira pela organização ressalta, no entanto, que o problema não é o dinheiro, mas o tempo necessário para finalizar os trabalhos de reconstrução.
'Larga escala'
"A reconstrução completa continua um compromisso de longo prazo por causa da larga escala do trabalho", afirma o relatório.
Em janeiro de 2005, a organização fez uma avaliação dos estragos causados pelo tsunami e afirmou que o objetivo não seria atingido em menos de cinco anos.
A Cruz Vermelha afirma também que é importante "fazer tudo com calma, para fazer bem feito".
"Construir casas que não sejam firmes, ou correr para gastar dinheiro em projetos que não são adequados causará ainda mais danos para pessoas que já perderam muito".
Homenagens
Para marcar os três anos do tsunami, os países afetados pela onda gigante estão fazendo homenagens.
Na província de Aceh, na Indonésia, onde mais de 100 mil pessoas morreram, um memorial foi realizado numa vala comum.
Na província indonésia de Banten, na ilha de Java, um exercício simulando um tsunami envolveu 9 mil moradores.
No Sri Lanka, cultos foram realizados para os 30 mil mortos registrados no país.
Já a Tailândia homenageou as mais de 5 mil pessoas que perderam sua vida na costa, 40% delas turistas estrangeiros.
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