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Nacional
Segunda - 24 de Dezembro de 2007 às 19:15

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O arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis, e padres da arquidiocese viajam nesta quarta-feira (26)para o enterro do corpo do arcebispo emérito de Aparecida, cardeal dom Aloísio Lorscheider. A cerimônia está marcada para quinta-feira (27) em Porto Alegre (RS).

Dom Aloísio Lorscheider morreu em um hospital da capital gaúcha no domingo (23), em decorrência de falência múltipla de órgãos. Além da homenagem da comitiva com o arcebispo e os padres de Aparecida, o religioso será lembrado também pela arquidiocese com duas missas de sétimo dia no dia 29 de dezembro. A primeira está marcada para as 9h, no Santuário Nacional. A segunda é às 19h na Catedral de Santo Antônio, em Guaratinguetá.

Vida

Dom Aloísio Lorscheider nasceu em 1924, em Estrela (RS). Com apenas 9 anos, entrou para o seminário. Aos 24 foi ordenado padre franciscano e aos 37 já era bispo.

Em 1978, como cardeal, era um dos candidatos quando foram escolhidos os papas João Paulo I e João Paulo II. Foi o primeiro brasileiro a receber votos em um conclave no Vaticano. “A gente tem uma sensação de uma grande responsabilidade”, disse, na época, dom Aloísio.

“Ele era um homem extraordinário e poderia ser, realmente, uma representação do Terceiro Mundo para ocupar este cargo tão importante. Ele tinha condições e seria um grande Papa”, afirma o arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings.

Redemocratização

Secretário e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na década de 70, dom Aloísio trabalhou pela redemocratização e o fim das torturas no regime militar.

Em 1994, o defensor da liberdade e dos direitos humanos enfrentou um momento difícil. Como arcebispo de Fortaleza, onde trabalhou por mais de 20 anos, foi feito refém durante visita a um presídio. Chegou a ser ameaçado com uma faca. Dias depois, voltou ao local para lavar os pés de 12 presos.

Dom Aloísio ocupou um dos postos mais populares da Igreja brasileira. Em 1995, foi nomeado pelo Papa João Paulo II para a Arquidiocese de Aparecida, que só no ano passado reuniu 6 milhões de fiéis.

Foi onde ficou por 11 anos, até renunciar por causa da idade e se tornar arcebispo emérito. Decidiu, então, voltar ao Rio Grande do Sul e passar os últimos anos ao lado dos freis franciscanos.




Fonte: G1

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