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Uzbequistão vai em massa às urnas e presidente rebate críticas ocidentais
Moscou, 23 dez (EFE).- Os eleitores do Uzbequistão compareceram hoje em massa às urnas do país para as controvertidas eleições presidenciais, já questionadas por observadores ocidentais antes mesmo da divulgação dos resultados.
As críticas foram rebatidas pelo atual presidente e indiscutível favorito à vitória, Islam Karimov.
"Formamos um estado democrático e legal, e nosso sistema eleitoral corresponde plenamente aos padrões internacionais", assegurou o presidente ao votar na capital uzbeque, Tashkent.
Karimov - que dirige com mão de ferro os destinos do país desde 1989 - respondeu desta maneira às afirmações da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (Osce), que colocou sérias dúvidas a respeito da realização de eleições "democráticas" no Uzbequistão, país localizado na Ásia Central.
Segundo a Comissão Eleitoral Central (CEC), o pleito transcorreu sem incidentes e a participação foi de 90,6% do eleitorado (14,765 milhões de eleitores).
O nível de participação eleitoral foi alto, mas não chegou a superar o recorde estabelecido há sete anos, quando 92% dos uzbeques foram às urnas para reelegerem Karimov.
As eleições deste ano foram declaradas válidas quatro horas depois da abertura dos colégios eleitorais, quando 59,8% dos uzbeques já tinham cumprido seu direito ao voto.
Segundo a CEC, a apuração começou logo após o fim da votação, mas os resultados preliminares da mesma só serão conhecidos na segunda-feira.
Ao contrário do resto dos países da região, pesquisas de opinião e de boca-de-urna não são permitidas no Uzbequistão.
Mesmo assim, ninguém duvida da vitória de Karimov, que considerou o dia de hoje como sendo "histórico".
Esta foi a terceira edição das eleições presidenciais nesta ex-república soviética, após as de 1991 e de 2000.
Apesar das críticas dos observadores ocidentais, Karimov disse hoje que o pleito foi "plural".
"Esta é uma prova para a sociedade e para o país. O fator crucial nestas eleições é a livre expressão da vontade dos cidadãos", disse o presidente.
Além de Karimov, outros três candidatos também concorrem à Presidência uzbeque, embora nenhum deles pertença a partidos de oposição, já que todos foram tornados ilegais.
Os três são Asliddin Rustamov, deputado do Partido Popular Democrata; a líder social-democrata Dilorom Tashmujamedova; e Akmal Saidov, apoiado pelo Centro Nacional de Direitos Humanos.
O candidato que obtiver mais da metade dos votos será declarado vencedor do pleito.
Se isso não acontecer, haverá um segundo turno, mas especialistas locais e internacionais dão como garantida a vitória de Karimov, que completa 70 anos em janeiro.
No poder desde antes da queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), Karimov foi eleito como o primeiro presidente do Uzbequistão independente em dezembro de 1991, sendo reeleito em 2000.
Segundo a constituição vigente no Uzbequistão, o presidente não poderia se candidatar a um terceiro mandato consecutivo, mas Karimov retirou esse obstáculo legal de seu caminho através de dois plebiscitos.
O primeiro foi convocado em 1995 e prorrogou seu mandato até o ano 2000; o segundo, em 2002, estendeu os mandatos presidenciais de cinco para sete anos.
Desta forma, Karimov, líder do Partido Liberal Democrático, pode ficar no poder até 2014.
A oposição uzbeque, que não pôde tomar parte nas eleições, considera o pleito "ilegítimo" e, seus resultados, "predeterminados".
Os opositores pedem para que o Ocidente aumente as pressões sobre Karimov, tachado por eles de "ditador sanguinário".
A Osce - que não boicotou o pleito uzbeque, como fez há sete anos - divulgará na segunda-feira sua avaliação sobre o processo eleitoral, algo crucial para a suspensão das sanções impostas sobre o Uzbequistão desde o massacre de centenas de civis por forças de segurança em Andijan, no ano de 2005.
Karimov, que se nega a abrir uma investigação sobre o incidente, vem deteriorando nos últimos dois anos seus laços com os Estados Unidos e selou uma aliança militar com a Rússia, que prevê assistência de Moscou em caso de agressão externa.
Além dos 30 observadores da Osce, a pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes (CEI), da qual o Uzbequistão faz parte, também supervisionou o pleito.
O presidente da Comissão Eleitoral Central da Rússia, Vladimir Churov, assegurou hoje que não viu "em nenhum outro país" tão "alto nível de organização" em eleições.
As críticas foram rebatidas pelo atual presidente e indiscutível favorito à vitória, Islam Karimov.
"Formamos um estado democrático e legal, e nosso sistema eleitoral corresponde plenamente aos padrões internacionais", assegurou o presidente ao votar na capital uzbeque, Tashkent.
Karimov - que dirige com mão de ferro os destinos do país desde 1989 - respondeu desta maneira às afirmações da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (Osce), que colocou sérias dúvidas a respeito da realização de eleições "democráticas" no Uzbequistão, país localizado na Ásia Central.
Segundo a Comissão Eleitoral Central (CEC), o pleito transcorreu sem incidentes e a participação foi de 90,6% do eleitorado (14,765 milhões de eleitores).
O nível de participação eleitoral foi alto, mas não chegou a superar o recorde estabelecido há sete anos, quando 92% dos uzbeques foram às urnas para reelegerem Karimov.
As eleições deste ano foram declaradas válidas quatro horas depois da abertura dos colégios eleitorais, quando 59,8% dos uzbeques já tinham cumprido seu direito ao voto.
Segundo a CEC, a apuração começou logo após o fim da votação, mas os resultados preliminares da mesma só serão conhecidos na segunda-feira.
Ao contrário do resto dos países da região, pesquisas de opinião e de boca-de-urna não são permitidas no Uzbequistão.
Mesmo assim, ninguém duvida da vitória de Karimov, que considerou o dia de hoje como sendo "histórico".
Esta foi a terceira edição das eleições presidenciais nesta ex-república soviética, após as de 1991 e de 2000.
Apesar das críticas dos observadores ocidentais, Karimov disse hoje que o pleito foi "plural".
"Esta é uma prova para a sociedade e para o país. O fator crucial nestas eleições é a livre expressão da vontade dos cidadãos", disse o presidente.
Além de Karimov, outros três candidatos também concorrem à Presidência uzbeque, embora nenhum deles pertença a partidos de oposição, já que todos foram tornados ilegais.
Os três são Asliddin Rustamov, deputado do Partido Popular Democrata; a líder social-democrata Dilorom Tashmujamedova; e Akmal Saidov, apoiado pelo Centro Nacional de Direitos Humanos.
O candidato que obtiver mais da metade dos votos será declarado vencedor do pleito.
Se isso não acontecer, haverá um segundo turno, mas especialistas locais e internacionais dão como garantida a vitória de Karimov, que completa 70 anos em janeiro.
No poder desde antes da queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), Karimov foi eleito como o primeiro presidente do Uzbequistão independente em dezembro de 1991, sendo reeleito em 2000.
Segundo a constituição vigente no Uzbequistão, o presidente não poderia se candidatar a um terceiro mandato consecutivo, mas Karimov retirou esse obstáculo legal de seu caminho através de dois plebiscitos.
O primeiro foi convocado em 1995 e prorrogou seu mandato até o ano 2000; o segundo, em 2002, estendeu os mandatos presidenciais de cinco para sete anos.
Desta forma, Karimov, líder do Partido Liberal Democrático, pode ficar no poder até 2014.
A oposição uzbeque, que não pôde tomar parte nas eleições, considera o pleito "ilegítimo" e, seus resultados, "predeterminados".
Os opositores pedem para que o Ocidente aumente as pressões sobre Karimov, tachado por eles de "ditador sanguinário".
A Osce - que não boicotou o pleito uzbeque, como fez há sete anos - divulgará na segunda-feira sua avaliação sobre o processo eleitoral, algo crucial para a suspensão das sanções impostas sobre o Uzbequistão desde o massacre de centenas de civis por forças de segurança em Andijan, no ano de 2005.
Karimov, que se nega a abrir uma investigação sobre o incidente, vem deteriorando nos últimos dois anos seus laços com os Estados Unidos e selou uma aliança militar com a Rússia, que prevê assistência de Moscou em caso de agressão externa.
Além dos 30 observadores da Osce, a pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes (CEI), da qual o Uzbequistão faz parte, também supervisionou o pleito.
O presidente da Comissão Eleitoral Central da Rússia, Vladimir Churov, assegurou hoje que não viu "em nenhum outro país" tão "alto nível de organização" em eleições.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/192985/visualizar/
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