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Público poderá visitar Masp a partir de quarta
O Museu de Arte de São Paulo (Masp) abrirá novamente para visitantes a partir de quarta-feira (26), seis dias após o furto de duas telas avaliadas em cerca de R$ 100 milhões.
O reforço da segurança ficará apenas por conta do remanejamento dos cerca de 50 vigias que protegem o local, de acordo com informações da assessoria de imprensa.
Esses profissionais são registrados como "orientadores de público" e andam desarmados. O museu considera que eles têm a função de preservar o patrimônio histórico. Apesar da denominação "orientadores", o Masp informa que eles não atuam como guias ou monitores de grupos.
Para reforçar a segurança, o museu está estudando a instalação de câmeras e alarmes de infra-vermelhos. O investimento será bancado por incentivos da Lei Rouanet, que já estavam previstos para o ano que vem.
Furto
As obras "O lavrador de café", de Cândido Portinari, e "Retrato de Suzanne Bloch", de Pablo Picasso, foram levadas na madrugada de quinta-feira (20) do museu. Imagens gravadas pelo circuito interno de câmeras registraram a ação dos bandidos. Três criminosos usaram um macaco hidráulico para suspender uma porta e um pé-de-cabra para quebrar um vidro.
Em uma outra tentativa de invasão ao Masp, ocorrida três dias antes do furto, bandidos usaram um maçarico. Não foi registrado boletim de ocorrência. Em outubro, dois homens conseguiram invadir o museu e tentaram chegar ao segundo andar, mas fugiram sem levar nada.
Valor
As duas obras, juntas, valem cerca de US$ 55 milhões (ou quase R$ 100 milhões). Elas não tinham seguro, assim como todo o acervo de 8 mil obras do Masp. Segundo a assessoria do museu, seria invável pagar o seguro por obras tão caras.
Investigações
A polícia ouviu o chefe da segurança, vigias e monitores do museu. Os seguranças foram orientados pela direção do museu a não dar entrevistas.
Os primeiros depoimentos dos vigilantes revelaram que eles não tinham treinamento nem licença da Polícia Federal.
A direção do Masp admite que eles eram preparados apenas para orientar o público. “Você tem que partir do princípio de que quem vai ao museu não vai para roubar”, disse Júlio Neves, presidente do Masp.
Além das autoridades brasileiras, a diretoria, que admitiu falta dinheiro para providenciar a segurança adequada às obras, acionou também a Polícia Federal, o Itamaraty e a Interpol para ajudar nas investigações. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, acredita o crime pode ter sido cometido por gangues internacionais.
Recompensa
A recompensa para quem achar as obras roubadas é de R$ 100 mil. A oferta foi feita pelo empresário Jorge Yunes. “O valor que foi doado é simples, é mais simbólico, é uma preocupação cultural de devolver as obras”, diz ele.
Crise
O furto dos quadros reabriu a discussão sobre a crise do museu. Em maio, a energia foi cortada por falta de pagamento e os vigias relataram que, no dia do assalto, as luzes estavam apagadas para economizar. O resultado foi a pouca utilidade do sistema de câmeras.
“A crise financeira afetou a segurança”, diz o embaixador Rubens Barbosa, que já fez parte do conselho do museu. “Não ter sensor, não ter alarme, isso foi a gota d'água para mostrar a má gestão que está acontecendo no museu há quase 14 anos”, completou.
A assessoria do museu disse que há 14 anos não há uma chapa de oposição na eleição para a presidência. E acrescentou que se alguém quiser contestar a atual administração, que entre democraticamente nesta disputa.
O reforço da segurança ficará apenas por conta do remanejamento dos cerca de 50 vigias que protegem o local, de acordo com informações da assessoria de imprensa.
Esses profissionais são registrados como "orientadores de público" e andam desarmados. O museu considera que eles têm a função de preservar o patrimônio histórico. Apesar da denominação "orientadores", o Masp informa que eles não atuam como guias ou monitores de grupos.
Para reforçar a segurança, o museu está estudando a instalação de câmeras e alarmes de infra-vermelhos. O investimento será bancado por incentivos da Lei Rouanet, que já estavam previstos para o ano que vem.
Furto
As obras "O lavrador de café", de Cândido Portinari, e "Retrato de Suzanne Bloch", de Pablo Picasso, foram levadas na madrugada de quinta-feira (20) do museu. Imagens gravadas pelo circuito interno de câmeras registraram a ação dos bandidos. Três criminosos usaram um macaco hidráulico para suspender uma porta e um pé-de-cabra para quebrar um vidro.
Em uma outra tentativa de invasão ao Masp, ocorrida três dias antes do furto, bandidos usaram um maçarico. Não foi registrado boletim de ocorrência. Em outubro, dois homens conseguiram invadir o museu e tentaram chegar ao segundo andar, mas fugiram sem levar nada.
Valor
As duas obras, juntas, valem cerca de US$ 55 milhões (ou quase R$ 100 milhões). Elas não tinham seguro, assim como todo o acervo de 8 mil obras do Masp. Segundo a assessoria do museu, seria invável pagar o seguro por obras tão caras.
Investigações
A polícia ouviu o chefe da segurança, vigias e monitores do museu. Os seguranças foram orientados pela direção do museu a não dar entrevistas.
Os primeiros depoimentos dos vigilantes revelaram que eles não tinham treinamento nem licença da Polícia Federal.
A direção do Masp admite que eles eram preparados apenas para orientar o público. “Você tem que partir do princípio de que quem vai ao museu não vai para roubar”, disse Júlio Neves, presidente do Masp.
Além das autoridades brasileiras, a diretoria, que admitiu falta dinheiro para providenciar a segurança adequada às obras, acionou também a Polícia Federal, o Itamaraty e a Interpol para ajudar nas investigações. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, acredita o crime pode ter sido cometido por gangues internacionais.
Recompensa
A recompensa para quem achar as obras roubadas é de R$ 100 mil. A oferta foi feita pelo empresário Jorge Yunes. “O valor que foi doado é simples, é mais simbólico, é uma preocupação cultural de devolver as obras”, diz ele.
Crise
O furto dos quadros reabriu a discussão sobre a crise do museu. Em maio, a energia foi cortada por falta de pagamento e os vigias relataram que, no dia do assalto, as luzes estavam apagadas para economizar. O resultado foi a pouca utilidade do sistema de câmeras.
“A crise financeira afetou a segurança”, diz o embaixador Rubens Barbosa, que já fez parte do conselho do museu. “Não ter sensor, não ter alarme, isso foi a gota d'água para mostrar a má gestão que está acontecendo no museu há quase 14 anos”, completou.
A assessoria do museu disse que há 14 anos não há uma chapa de oposição na eleição para a presidência. E acrescentou que se alguém quiser contestar a atual administração, que entre democraticamente nesta disputa.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/193006/visualizar/
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