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Internacional
Domingo - 23 de Dezembro de 2007 às 12:25

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A produção de cereais da China este ano vai superar os 500 milhões de toneladas, mas o país vai continuar registrando déficit, por isso os especialistas anunciam mais crises globais, que podem voltar a afetar as massas italianas e o milho mexicano.

O Ministério da Agricultura chinês anunciou que desde 2004 o país registra uma crescente produção de cereal. Assim, espera aliviar a crise gerada pelo aumento de preços, informa hoje o "Diário do Povo".

A forte seca, as expropriações de terras dos camponeses e o uso de cereais para produção de biocombustíveis estão na origem da alta do cereal. Os aumentos contribuíram para a inflação recorde de novembro, de 6,9%.

No entanto, o ministro da Agricultura, Sun Zhengcai, reconheceu que, apesar do aumento de produção de arroz, trigo, milho e soja, a maior economia emergente do planeta continuará com um déficit. Ele não quis prever números.

Segundo um relatório de novembro do Centro Nacional de Comércio do Cereal e Óleo, a produção de arroz, trigo, milho e soja será de 501,5 milhões de toneladas no fechamento do ano, 0,8% a mais que em 2006. Mas o consumo crescerá 0,63%, até 527,5 milhões de toneladas.

A metade do aumento do consumo se deve à crescente demanda para uso industrial. A China prevê que vai consumir 550 milhões de toneladas em 2010.

O Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas Alimentícias, com sede em Washington, emitiu um relatório este mês que alerta para novas crises no preço dos cereais, como a italiana e a mexicana, devido à crescente demanda da China e outras economias emergentes.

Segundo o relatório, as crises se intensificarão também por causa do uso de cereais para produção de biocombustíveis e devido ao aquecimento global.




Fonte: EFE

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