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Grupo mentiu sobre planos com crianças do Chade, diz testemunha
N'DJAMENA - O refugiado sudanês Souleyman Ibrahim, que trabalhou para um grupo assistencial francês acusado de tentar sequestrar crianças no Chade, disse em um tribunal, neste sábado, que os membros da entidade mentiram para ele, escondendo seu plano de levar as crianças de avião para a Europa.
O testemunho de Ibrahim conflitou com as declarações feitas anteriormente por membros da entidade, a Arca de Zoé, dos quais seis estão sendo julgados na capital do Chade, N'Djamena, acusados de tentar retirar ilegalmente do país, de avião, 103 crianças africanas com idades entre 1 e 10 anos.
Ibrahim e três chadianos são acusados de cumplicidade com os franceses. Interrogado pelo juiz no segundo dia do julgamento, Ibrahim disse que os membros da Arca de Zoé lhe pediram para encontrar crianças pobres em vilarejos no leste do Chade, na área que faz fronteira com a região problemática de Darfur, no Sudão.
Ele afirmou que os membros da entidade lhe disseram que as crianças receberiam educação em centros que seriam dirigidos pelo grupo na região fronteiriça.
"Eles me enganaram. Disseram que as crianças iriam ficar em Adre (no leste do Chade)...Se eu soubesse que seriam levadas para outro lugar, não teria concordado", disse Ibrahim, falando em árabe. Ibrahim disse ter encaminhado quatro crianças de sua própria família para o grupo.
Anteriormente, membros da Arca de Zoé negaram no tribunal terem enganado famílias locais para que lhes entregassem seus filhos. "Não prometemos nada aos moradores das vilas. Nós apenas lhes explicamos o objetivo de nossa organização, que é ajudar órfãos de Darfur...crianças doentes de uma zona de guerra", disse Emilie Lelouch, um coordenador do grupo.
Se forem condenados, os franceses podem ser sentenciados a trabalho forçado por um período de 5 a 20 anos. Mas advogados locais e muitos chadianos prevêem que eles serão enviados de volta para a França depois do veredicto -- ou por meio de acordos judiciais bilaterais ou por indulto concedido pelo presidente do Chade, Idriss Deby.
Eles foram presos em outubro quando autoridades chadianas os impediram de embarcar as crianças num vôo charter com destino à França.
O líder da entidade, Eric Breteau, refutou as declarações de Ibrahim. "Todas essas afirmações são falsas", disse ele à corte.
A investigação da ONU e de funcionários do Chade revelaram que a maioria das crianças não era formada por órfãos e não estava doente. Algumas delas disseram que lhes ofereceram doces e bolachas para deixarem suas casas.
O testemunho de Ibrahim conflitou com as declarações feitas anteriormente por membros da entidade, a Arca de Zoé, dos quais seis estão sendo julgados na capital do Chade, N'Djamena, acusados de tentar retirar ilegalmente do país, de avião, 103 crianças africanas com idades entre 1 e 10 anos.
Ibrahim e três chadianos são acusados de cumplicidade com os franceses. Interrogado pelo juiz no segundo dia do julgamento, Ibrahim disse que os membros da Arca de Zoé lhe pediram para encontrar crianças pobres em vilarejos no leste do Chade, na área que faz fronteira com a região problemática de Darfur, no Sudão.
Ele afirmou que os membros da entidade lhe disseram que as crianças receberiam educação em centros que seriam dirigidos pelo grupo na região fronteiriça.
"Eles me enganaram. Disseram que as crianças iriam ficar em Adre (no leste do Chade)...Se eu soubesse que seriam levadas para outro lugar, não teria concordado", disse Ibrahim, falando em árabe. Ibrahim disse ter encaminhado quatro crianças de sua própria família para o grupo.
Anteriormente, membros da Arca de Zoé negaram no tribunal terem enganado famílias locais para que lhes entregassem seus filhos. "Não prometemos nada aos moradores das vilas. Nós apenas lhes explicamos o objetivo de nossa organização, que é ajudar órfãos de Darfur...crianças doentes de uma zona de guerra", disse Emilie Lelouch, um coordenador do grupo.
Se forem condenados, os franceses podem ser sentenciados a trabalho forçado por um período de 5 a 20 anos. Mas advogados locais e muitos chadianos prevêem que eles serão enviados de volta para a França depois do veredicto -- ou por meio de acordos judiciais bilaterais ou por indulto concedido pelo presidente do Chade, Idriss Deby.
Eles foram presos em outubro quando autoridades chadianas os impediram de embarcar as crianças num vôo charter com destino à França.
O líder da entidade, Eric Breteau, refutou as declarações de Ibrahim. "Todas essas afirmações são falsas", disse ele à corte.
A investigação da ONU e de funcionários do Chade revelaram que a maioria das crianças não era formada por órfãos e não estava doente. Algumas delas disseram que lhes ofereceram doces e bolachas para deixarem suas casas.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/193078/visualizar/
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