Traficante que mandou matar secretário adjunto de Segurança em MT é transferido
Cinco presos foram transferidos na manhã de ontem para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), entre eles o traficante Sidinon Simão de Lima que, de acordo com a Justiça, tinha um plano para matar o secretário adjunto de Justiça de Mato Grosso, Carlos Alberto Santana. Também foram mandados embora Gélio Nelci da Silva, Vantuir Gomes Pereira, Raul Fabiano do Espírito Santo Gomes e Alessandro Neves da Silva, o "Cabelo". O traficante teria pago R$ 20 mil pela execução.
A transferência dos cinco presos foi requerida pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), devido a alta periculosidade dos réus e a falta de estrutura da Penitenciária Pascoal Ramos.
Entretanto, a juíza da 2ª Vara de Execuções Penais, Selma Arruda, que determinou a transferência dos presos, afirma em seu despacho que ouviu um detento e este disse a prática de vários crimes por parte de Sidinon, inclusive o atentado contra o secretário adjunto, que é responsável pelo sistema prisional do Estado.
"Há fortes indícios de que Sidinon esteja planejando o homicídio do próprio secretário adjunto, fato de que tomei conhecimento quando da visita à unidade prisional Pascoal Ramos", diz a juíza em parte do despacho da transferência do traficante.
Em depoimento à juíza, o detento afirma que Sidinon contratou duas pessoas de Cáceres para matar Santana e pagou R$ 20 mil adiantados. O motivo seria porque ele queria sair do raio 5 da Penitenciária Pascoal Ramos, onde ficam os presos de maior periculosidade, e Santana não o transferia. O detento cita o nome das duas pessoas contratadas por Sidinon, apontando que são ladrões de carro, mas relata que eles não "cumpriram o combinado". "Depois disso o Sidinon falou com outra pessoa no celular, na frente do depoente (detento), mandou matar o secretário de novo e o homem que estava falando com ele disse: ele já está morto", diz parte do depoimento do preso.
Sidinon foi transferido para o raio 5 em abril deste ano, após ser descoberto um plano de fuga da penitenciária. O secretário adjunto não quis falar sobre o assunto.
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