Governo informa que vai formar novos soldados para a PM
A Polícia Militar vai ampliar seu raio de ação no trabalho de segurança preventiva em todas as regiões para onde existem pedidos de instalação de Núcleos da PM, no estado. A determinação foi dada a todos os comandantes regionais – em forma de recomendação – pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, a partir de incursão feita pelo deputado Wagner Ramos (PR).
O parlamentar havia pedido ao Governo do Estado a criação de posto da Polícia Militar na Gleba Triângulo, em Tangará da Serra (242 km da capital, a sudoeste). “A distância entre a gleba e a sede do município é altamente prejudicial para a comunidade por causa da demora no atendimento das ocorrências policiais. Além disso, o enorme clima de insegurança vivido freqüentemente pelos moradores e comerciantes da região pode ser revertido com a instalação do posto policial”, disse Wagner Ramos ao governador Blairo Maggi e a Carlos Brito.
De acordo com o secretário-adjunto de Segurança Pública, coronel PM Jorge Roberto Ferreira da Cruz, no momento a Polícia Militar não dispõe de efetivo para atender pedido de criação e ativação de posto policial. “A medida causaria transtornos pois teríamos que remanejar, no mínimo, dez policiais para cada núcleo criado e mais aqueles para o qual solicitam reforços”, adiantou Cruz.
Ele informou que os comandantes regionais e subordinados têm ciência da situação de efetivo de cada batalhão e subunidades, e que os primeiros foram recomendados para que a PM de cada área também realize policiamento nos locais para onde foram solicitados os núcleos.
No entanto, o secretário-adjunto completou informando que – em função da “dificuldade” gerada pelo atual quadro – o governo autorizou para 2008 a realização de novo curso de formação de soldados para a instituição. “O curso vai possibilitar o atendimento às demandas já detectadas”, garantiu Jorge Cruz.
A Gleba Triângulo, que pertence a Tangará da Serra, fica localizada a 60 km da sede do município. Ela foi criada em 1988 e possui mais de 200 famílias, das quais 106 destas residem na “vila” onde há três igrejas, igual número de supermercados, uma loja de materiais para construção e clínica veterinária.
Na localidade também funcionam um laticínio, duas oficinas mecânicas, um posto de saúde e uma escola que atende cerca de 540 alunos da região. “Esse cenário de atividades produtivas, de educação e de geração de emprego e renda, entretanto, fica comprometido com a falta de segurança pública. Até o momento, a vila está desassistida mas devemos acreditar na visão e nas ações do governo que têm sido bastante abrangentes e eficazes”, salientou Wagner Ramos.
Comentários