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Processo sobre morte de Adriano deve ter andamento
Quase dois anos depois do crime, o processo sobre o assassinato do empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, dentro de uma agência do Itaú em Cuiabá, pode voltar a andar. O empresário era dono do restaurante Adriano, um dos mais conceituados de Cuiabá.
Nos próximos dias, o advogado do vigia Alexsandro Abílio de Farias, de 25, indicado como autor do crime, deverá entregar a defesa prévia na 12ª Vara Criminal, onde a juíza Maria Aparecida Ferreira Fago deverá analisar se acata ou não a denúncia do Ministério Público. Em caso positivo, marca a audiência de instrução e julgamento já nos próximos dias.
A defesa do jovem pretende provar que a porta da agência bancária não travou no momento em que a vítima saía. Além disso, os advogados afirmam que o jovem não é foragido e tem o direito de responder pelo crime em liberdade, pois ele se apresentou de forma espontânea e confessou o crime.
“A lei permite que meu cliente responda pelo crime em liberdade, mas a Justiça não quer conceder (a revogação da prisão preventiva)”, frisou o advogado Neyman Monteiro. Ele citou o exemplo do empresário Filadelpo Dias, que responde em liberdade por duas tentativas de homicídio. “Se ele [Filadelfo] pode, por que meu cliente não pode?”, questionou.
O vigilante foi denunciando pelo Ministério Público por homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima. O promotor afirma na denúncia que o vigilante travou a porta para atirar em Adriano. A pena pode chegar até a 16 anos de prisão.
O empresário, que tinha 71 anos, foi executado a tiros no dia 21 de junho de 2011 no interior da agência do Itaú da Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá.
O segurança se apresentou à Polícia Civil uma semana após o crime e, como não estava com a prisão decretada, foi liberado. Ele relatou ao delegado Antônio Carlos Garcia que estava sendo vítima de discriminação por parte do empresário, cliente da agência, que sempre o insultava. O motivo era a porta giratória, onde o empresário ficava retido.
Na saída, segundo o advogado, o rapaz teria sido insultado com nomes como “preguiçoso” e “preto”. O vigia, então, sacou o revólver calibre 38 usado no trabalho e atirou três vezes, atingindo o rosto e as costas. O empresário morreu no local.
No entendimento do delegado, houve premeditação do crime, uma vez que o vigia esperou a vítima se preparar para sair, ao entrar na porta giratória, para atirar. “Não houve nada de espontâneo”, lembrou.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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