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Internacional
Quinta - 20 de Dezembro de 2007 às 23:12

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Londres, 20 dez (EFE).- Os familiares de Jean Charles de Menezes, morto a tiros por seguranças no metrô de Londres, que o confundiram com um terrorista, se mostraram pessimistas nesta quinta-feira sobre a decisão que será divulgada amanhã pela comissão encarregada de investigar a atuação dos policiais envolvidos na morte do brasileiro.

A Comissão Independente de Queixas à Polícia (IPCC), que em maio concluiu não haver provas suficientes para submeter 11 dos 15 agentes a um comitê disciplinar, se pronunciará nesta sexta-feira sobre os outros quatro policiais, entre eles a oficial que comandava a operação, Cressida Dick.

"Até o momento, a IPCC não foi capaz de fazer com que os oficiais de Polícia prestem contas e parece que vai fazer a mesma coisa", disse hoje Alex Pereira, primo de Jean Charles, em declarações à agência de notícias britânica "PA".

A família de Jean Charles também classificou como "prematura" a divulgação das conclusões sobre a atuação dos agentes, antes de uma investigação judicial sobre a morte do jovem.

"Se eles decidirem agora não abrir um procedimento disciplinar e se surgirem provas contrárias numa investigação judicial, pode ser mais difícil tomar decisões disciplinares, porque os oficiais podem argumentar abuso do processo", disse, por sua vez, Harriet Wistrich, advogada da família.

Em novembro, a Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) foi declarada culpada do descumprimento da lei britânica de prevenção de riscos trabalhistas na morte do brasileiro, baleado no dia 22 de julho de 2005 por seguranças da brigada antiterrorista do órgão policial, na estação de metrô de Stockwell.

A IPCC criticou no último mês o comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair, por atrasar a investigação da morte de Jean Charles.




Fonte: EFE

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